R7 apurou que a denúncia deve ser
apresentada entre segunda e quarta-feira desta semana
O procurador-geral
da República, Paulo Gonet, deve apresentar ao STF (Supremo Tribunal
Federal) nesta semana denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por
suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado após as
eleições de 2022. No ano passado, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente e
outros no caso.
O R7 apurou que
a denúncia deve ser apresentada entre segunda e quarta-feira, antes do jantar
oferecido pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, a ministros
e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está marcado para a noite de
quarta (19).
Com a denúncia, o ministro
Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF, dará 15 dias para que os
denunciados enviem uma resposta escrita. Depois, Moraes libera a ação para o
plenário julgar de forma colegiada o recebimento da denúncia. A Primeira Turma
será responsável por analisar o documento e dar uma decisão. Ainda caberá
recurso.
Caso a denúncia seja aceita pelo
STF, os denunciados se tornam réus e passam a responder penalmente pelas ações
na Corte. Então, os processos seguem para a instrução processual, composta por
diversos procedimentos para investigar tudo o que aconteceu e a participação de
cada um dos envolvidos no caso. Depoimentos, dados e interrogatórios serão
coletados neste momento.
Entenda
Segundo a Polícia Federal, as
provas contra os investigados foram obtidas por meio de “diversas diligências
policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos
telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e
apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder
Judiciário”.
E atenção porque já está na
Procuradoria-Geral da República o relatório final com as investigações
A investigação da Polícia Federal
identificou que os indiciados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o
que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência de
seis grupos:
- Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema
Eleitoral;
- Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem
ao Golpe de Estado;
- Núcleo Jurídico;
- Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
- Núcleo de Inteligência Paralela;
- Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas
Coercitivas
Ao todo, 37 pessoas foram
indiciadas. Além de Bolsonaro, também estão na lista alguns ex-ministros do
governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga
Netto (Defesa). Os crimes apontados são abolição violenta do Estado Democrático
de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
R7
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