As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta quinta-feira (2) que dezenas de suas tropas participaram, em 8 de setembro, de uma operação na Síria para desmantelar uma fábrica subterrânea de mísseis financiada pelo regime do Irã.
Em comunicado, o exército
israelense informou que mais de 100 soldados de comandos participaram da
incursão, que resultou na destruição de uma instalação na região de Masyaf,
próximo à costa mediterrânea.
Detalhes da operação
O complexo subterrâneo em Masyaf,
segundo as FDI, possuía “linhas de montagem avançadas projetadas para fabricar
mísseis guiados de precisão e foguetes de longo alcance” destinados ao grupo
libanês Hezbollah e a outros aliados terroristas iranianos na região.
As tropas chegaram ao local em
helicópteros, com apoio de aeronaves, jatos de combate e navios de guerra.
Imagens divulgadas pelas FDI mostram soldados embarcando em helicópteros em uma
base, pousando no objetivo e entrando no recinto, enquanto sons de tiros são
ouvidos ao fundo.
O tenente-coronel Nadav Shoshani,
porta-voz militar, afirmou que a fábrica de mísseis estava localizada em uma
montanha subterrânea e que a maior parte dos componentes dos mísseis guiados e
terra-terra era proveniente do Irã. Segundo ele, a instalação tinha capacidade
para produzir centenas de mísseis por ano.
Repercussões
A operação foi descrita pelo
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, como uma demonstração da
determinação de Israel em agir em qualquer lugar para proteger sua segurança.
“Esta é uma das ações mais importantes que tomamos contra as tentativas do eixo
iraniano de se armar para nos prejudicar”, declarou Netanyahu.
O chefe militar israelense, Herzi
Halevi, destacou que a operação faz parte de uma série de missões no Oriente
Médio com o objetivo de destruir a capacidade de fabricação de mísseis do Irã.
Ele também mencionou ataques recentes em Gaza, no sul de Beirute e no
território iraniano.
De acordo com o Observatório
Sírio de Direitos Humanos (OSDH), as instalações em Masyaf foram criadas e
supervisionadas pela Guarda Revolucionária do Irã. Além disso, a operação
incluiu ataques aéreos que destruíram outro centro de pesquisa científica usado
para o desenvolvimento de armas.
O governo do Irã condenou a
incursão, classificando-a como um “ataque criminoso”.
Siria, até recentemente sob o
regime de Bashar al-Assad, apoiado pelo Irã, tenta evitar envolvimento direto
no conflito entre Israel e o Hamas. Desde a queda de Assad, em dezembro, Israel
intensificou ataques aéreos na Síria para impedir que instalações militares
caiam em mãos hostis.
O ministro das Relações
Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que o país continuará monitorando a
situação na Síria e garantiu que não permitirá outra tragédia como a de 7 de outubro
de 2023.
(Com informações da AFP)
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