Militares, agentes da segurança pessoal e apoiadores de Yoon Suk-yeol, presidente suspenso da Coreia do Sul e integrante do Partido do Poder Popular, impediram sua prisão, que seria realizada nesta sexta-feira (03), ainda quinta-feira (02) no Brasil.
A ação foi organizada pelo
Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários (CIO), que
enviou agentes à residência presidencial nas primeiras horas do dia para
executar o mandado de prisão aprovado pela Justiça sul-coreana na última terça-feira
(31), em razão da lei marcial decretada no início de dezembro.
Ao chegarem ao local, os agentes
encontraram resistência de mais de mil apoiadores de Yoon, incluindo militares
e integrantes da segurança pessoal do presidente suspenso, que bloquearam a
entrada na residência. Os manifestantes entoavam palavras de ordem
classificando o mandado de prisão como “ilegal” e “completamente inválido” e
pediam a prisão dos agentes do CIO.
Apesar de apresentarem o mandado
de prisão e uma ordem de busca na residência, os agentes foram impedidos de
entrar pelos seguranças. Enquanto isso, os advogados de Yoon, Yun Gap-geun e
Kim Hong-il, foram vistos entrando na casa. Após cinco horas de tentativas
frustradas, os investigadores deixaram o local. Em comunicado, o CIO declarou
que considerou inviável executar o mandado devido ao enfrentamento constante e
destacou preocupações com a segurança dos agentes. O órgão lamentou a falta de
cooperação do presidente suspenso, que teria se recusado a cumprir os
procedimentos legais.
O CIO tem até a próxima
segunda-feira (06) para cumprir o mandado. No entanto, segundo a agência
Yonhap, o órgão avalia que novas tentativas podem ser frustradas, especialmente
no fim de semana, quando a mobilização de apoiadores deve ser maior. A execução
do mandado na segunda-feira também é considerada arriscada devido à proximidade
do prazo final.
Yun Gap-geun, advogado de Yoon,
prometeu medidas legais contra o mandado, que considera “ilegal” e “inválido”.
Ele argumentou que a execução de um mandado sob essas condições viola as leis e
afirmou que, enquanto os procedimentos de objeção estão em andamento na Corte
Constitucional, a equipe jurídica tomará ações contra a ordem de prisão.
Paralelamente, a defesa de Yoon entrou com um pedido de suspensão do mandado na
Corte Constitucional e uma objeção separada na Corte de Seul, responsável pela
autorização inicial.
Yoon Suk-yeol é acusado de
incitar rebelião e abuso de poder devido à decretação da lei marcial. O mandado
de prisão, emitido em 30 de dezembro, permite que a polícia o mantenha detido
por até 48 horas, prazo no qual os investigadores deverão decidir pela
solicitação de um novo mandado ou pela liberação do presidente suspenso.
A acusação de rebelião é uma
das poucas sobre as quais o presidente não possui imunidade na Coreia do Sul.
Além disso, Yoon enfrenta um processo de impeachment, aprovado em 14 de
dezembro pelo Parlamento e atualmente sob análise da Corte Constitucional.
Gazeta Brasil
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