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Quintero O ministro das Relações Exteriores
da Venezuela, Jorge Arreaza – 04/02/2019
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O governo
dos Estados Unidos impôs nesta sexta-feira, 26,
sanções contra o chanceler da Venezuela, Jorge
Arreaza, e a juíza Carol Padilla, responsável por ordenar a prisão de
Roberto Marrero, o chefe de gabinete do líder opositor Juan Guaidó, em março
deste ano.
“Os Estados
Unidos não vão ficar apenas olhando o ilegítimo regime de Maduro privar o povo
venezuelano de sua riqueza, sua humanidade e seu direito à democracia”, disse o
secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
Como
consequência das sanções, ficam congelados os ativos que Arreaza e Padilla têm
nos Estados Unidos. Além disso, cidadãos e empresas americanas estão proibidos
de fazer transações financeiras com eles.
Washington
impulsiona uma série de sanções contra instituições políticas e financeiras da
Venezuela no marco de sua campanha pelo reconhecimento do líder parlamentar
Juan Guaidó, que em janeiro se proclamou presidente interino ao considerar que
o segundo mandato de Maduro iniciado em 10 de janeiro carece de legitimidade.
Arreaza alertou
nesta quinta-feira da ONU, em Nova York, que se os Estados Unidos entrarem na
embaixada de Caracas em Washington, seu país poderá adotar uma ação recíproca.
Carol Padilla é
responsável pelo caso de Roberto Marrero. O opositor foi preso no final de março e, segundo seu
advogado, é denunciado pelos crimes de “conspiração, legitimação de capitais,
associação criminosa e ocultamento de armas e explosivos”.
O chefe de
gabinete de Guaidó também foi acusado pelo governo de Nicolás Maduro de
“organizar” uma operação para que mercenários contratados em El Salvador,
Guatemala e Honduras cometessem “assassinatos seletivos” e “sabotagens” nos
serviços públicos no território venezuelano.
Maduro já
chegou a denunciar Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela
por mais de 50 países, de planejar um complô para assassiná-lo.
Além do caso de
Marrero, Carol Padilla também cuida dos processos do deputado
opositor Julio Borges e do ativista Fernando Albán.
Borges está
preso sob acusação de organizar o ataque a uma parada militar encabeçada por
Maduro em agosto de 2018.
Albán também
era investigado por envolvimento no ataque, mas morreu enquanto estava sob
custódia do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) da Venezuela.
O regime de Maduro diz que o opositor cometeu suicídio, mas a ONU ainda
investiga o caso.
Prisão
arbitrária
Nesta sexta, o
Parlamento da Venezuela, controlado pela oposição, denunciou a prisão
arbitrária do deputado Gilber Caro, que havia sido solto em junho de 2018 após
um ano e meio de prisão.
A Assembleia
Nacional informou em sua conta no Twitter que Caro foi detido “violando sua
imunidade parlamentar”, e não deu mais detalhes sobre a prisão. “Mantemos o
regime usurpador responsável pela vida e integridade do deputado”, disse ainda
a conta oficial do Parlamento.
Segundo a
deputada Adriana Pichardo, do Vontade Popular, mesmo partido de Caro e Guaidó,
Caro foi preso por funcionários do Sebin em um restaurante.
Além do
opositor, os agentes também detiveram funcionários do local que teriam tentado
evitar a prisão.
Caro, deputado
pelo estado de Miranda, foi preso pela primeira vez em janeiro de 2017 acusado
de cometer crimes de traição à pátria e roubo de efetivos das Forças Armadas. O
opositor só foi libertado em junho de 2018, por ordem da Assembleia Nacional.
(Com EFE,
Reuters e AFP)
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