Maria Butina
fotografada em sua admissão no Centro de
Detenção de
Alexandria, Virgínia, em 17 de agosto de 2018
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Maria Butina, a
única cidadã russa detida e condenada na investigação sobre a interferência de
Moscou na política americana, foi condenada a 18 meses de prisão nesta
sexta-feira (26).
Líder de um
pequeno grupo russo pró-armas, Butina usou seus laços com a National Rifle
Association (NRA, na sigla em inglês), o poderoso lobby deste setor nos EUA,
para construir uma rede de importantes contatos nos círculos do poder em
Washington.
"Humildemente,
peço perdão. Não sou essa pessoa ruim que os jornais mostram", disse ela à
corte em Washington.
Butina recebeu
a pena máxima solicitada pela Promotoria, apesar de ter admitido uma acusação
de conspiração para atuar como agente de um governo estrangeiro sem declarar
essa função às autoridades americanas, como a lei exige.
A jovem de 30
anos ficará mais nove meses sob custódia, já que cumpriu metade de sua pena.
A acusação
alega que, embora trabalhasse abertamente e não estivesse ligada a nenhuma
agência de Inteligência russa, era uma ameaça para os Estados Unidos.
"Queria um
futuro aqui, na política internacional", disse ela, com a voz embargada,
acrescentando que queria apenas trabalhar para melhorar as relações entre
Estados Unidos e Rússia.
"Se
soubesse me registrar como agente estrangeira, teria feito isso", disse
ela no tribunal.
O governo russo
denunciou a condenação, como uma "mancha vergonhosa" para o sistema
judiciário americano, com base em acusações "totalmente fabricadas".
"As
acusações feitas contra ela sobre uma intenção de influenciar os processos
políticos internos nos Estados Unidos são totalmente fabricadas", criticou
o Ministério russo das Relações Exteriores em uma nota.
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