Sérgio
Côrtes na Polícia Federal na tarde
da quinta-feira (5) (Foto: Reprodução/TV
Globo)
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Na denúncia,
o Ministério Público Federal aponta fraudes em licitações no Instituto Nacional
de Traumatologia e Ortopedia, envolvendo empresas internacionais.
O juiz Marcelo
Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal no Rio, aceitou, na segunda-feira (13), a
denúncia do Ministério Público contra Sérgio Côrtes.
Com a denúncia,
o ex-secretário estadual de saúde do Rio e Diretor do Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia (Into), se torna réu em mais um processo das
operações que investigam corrupção e fraude.
O empresário
Daurio Speranzini Junior também foi denunciado. Côrtes e outras duas pessoas
serão ouvidas pela Justiça Federal. Na denúncia, o Ministério Público Federal
aponta fraudes em licitações no INTO, envolvendo empresas internacionais.
Prisão
Côrtes
foi denunciado e preso na Operação Fatura Exposta, em abril de 2017, acusado
de movimentar ao menos U$ 4,3 milhões em contas na Suíça. Após a transação
bancária, ele transferiu a quantia para uma offshore nas Bahamas, entre 2011 e
2017.
A operação
investiga fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto
Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Os investigadores afirmam que,
entre 2006 e 2017, os desvios chegaram a R$ 300 milhões.
Em novembro de
2017, o ex-secretário de saúde admitiu ao juiz Marcelo Bretas ter recebido
cerca de US$ 3 milhões do empresário Miguel Iskin numa conta nas Bahamas. E
reconheceu que usou o dinheiro para pagar despesas pessoais.
Além de Côrtes,
também foram presos na mesma operação, em abril de 2017, os empresários Miguel
Iskin e Gustavo Estellita.
Verônica,
mulher de Sérgio Côrtes, foi incluída em
denúncia do
MP (Foto: Reprodução/TV Globo)
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As prisões
foram pedidas a partir da delação premiada de César Romero, que trabalhou com o
ex-diretor do Into, ex-secretário executivo de Côrtes na Saúde, e foi o
responsável por entregar todo o esquema. A delação foi homologada pelo juiz
Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.
Mulher de
Sérgio Côrtes é incluída em denúncia do MPF
Ministério
Público Federal pediu a condenação
da mulher de Sérgio Côrtes, Verônica Vianna, pelos crimes de corrupção passiva,
lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ela é acusada junto com o
marido, o ex-secretário de Saúde do Rio durante o governo de Sérgio Cabral, e
os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita.
Verônica é a
terceira mulher de políticos investigada na Lava Jato que, segundo os
investigadores, se beneficiaram propinas desviadas por seus companheiros. Os
valores eram gastos com despesas em lojas de artigos de luxo, hotéis e
restaurantes cinco estrelas.
Côrtes é
solto
Em fevereiro
deste ano, o Ministro
Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a liberdade de
Sérgio Côrtes.
Em sua decisão,
o ministro proibiu Côrtes de manter contato com os demais investigados, por
qualquer meio. Também proibiu Côrtes de deixar o país. Ainda de acordo com a
decisão de Gilmar Mendes, Côrtes deve permanecer em recolhimento domiciliar à
noite e nos fins de semana.
Defesa
A produção do
Bom Dia Rio entrou em contato com as defesas dos acusados, mas até a publicação
desta reportagem, não obteve respostas.
Por Bom Dia Rio
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