Legislativo do RJ custa R$ 1,2 bilhão aos cofres do estado por ano, quase 2% do orçamento | Rio das Ostras Jornal

Legislativo do RJ custa R$ 1,2 bilhão aos cofres do estado por ano, quase 2% do orçamento


Alerj funciona no Palácio Tiradentes
 (Foto: Alerj | Divulgação)
Gastos da Alerj são superiores que os da Assembleia Legislativa de São Paulo, a maior do Brasil. Site da Casa não divulga dados com clareza.
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) custam por ano R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos do estado. Um levantamento realizado pelo Instituto de Estudos Sobre o Rio de Janeiro mostrou que a Alerj custa mais que a assembleia legislativa de São Paulo. O valor é superior mesmo a Casa paulista tendo 24 deputados a mais e representando um estado três vezes mais populoso.
Os custos da Alerj, que funciona no Palácio Tiradentes, representaram 2% de todo o orçamento do estado em 2017. Essa proporção é maior do que a de assembleias legislativas de outros estados do sudeste, como São Paulo e Minas.
A Alerj fica com uma fatia do orçamento estadual quase três vezes maior do que a assembleia de São Paulo, que é a maior do pais. O legislativo paulista representa apenas 0,73% do orçamento do estado de São Paulo em 2017.
O Palácio Tiradentes é o local de trabalho de 70 deputados estaduais eleitos a cada quatro anos. Mas além deles, a Casa conta com 5,4 mil servidores entre ativos, inativos e pensionistas.
Se dividirmos o valor gasto com o poder legislativo, que inclui a Alerj e o Tribunal de Contas, pelo número de habitantes do estado, daria R$ 75 por pessoa. As despesas per capita no Rio são o dobro de São Paulo, um estado três vezes mais populoso.
Em 2017, o governo destinou R$ 1 bilhão ao setor de transportes, área essencial para o desenvolvimento. O Poder Legislativo recebeu quase 30% a mais.
“De fato você está dando dinheiro demais a esses setores em relação a outros setores. Pelo poder político que tem e pela falta de uma discussão mais republicana. Então eu acho que a eleição é um bom momento para discussão dessas coisas”, disse o economista Mauro Osório.
Falta de transparência
A falta de transparência com os gastos da Alerj é um problema para entender os gastos. O site da assembleia não mostra para qual deputado ou em que área da Alerj os mais de cinco mil funcionários trabalham.
Além disso, em relação às viagens de parlamentares e assessores, a Alerj só divulga os nomes de quem usou passagens aéreas. O portal não mostra quem recebeu diárias de viagem.
Os privilégios dos funcionários se torna claro em algumas questões. Nos últimos três anos, os deputados e assessores viajaram mais de 289 mil quilômetros, o equivalente a sete voltas ao mundo. Só com passagens, a Alerj gastou quase R$ 280 mil e as diárias custaram quase R$ 450 mil.
A Alerj disse que São Paulo tem uma arrecadação maior que o Rio e que isso impede a comparação. A assembleia prometeu aprimorar a transparência de seus atos, inclusive, a divulgação de despesas com diárias.
Por RJ2

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