© FELIPE RAU
/ ESTADÃO Agentes visitam moradores
da zona
norte para vacinar contra a febre amarela
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SÃO PAULO - Um
teste para detectar a infecção pelo vírus da febre amarela em 20 minutos deve começar a ser oferecido
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em
30 dias, segundo o Ministério da Saúde. Inicialmente, 100 mil kits do teste
rápido produzido pela Bahiafarma, laboratório ligado à Secretaria de Saúde do
Estado da Bahia, serão adquiridos pelo ministério e distribuídos para Estados
com registros de disseminação do vírus.
"Quando o
paciente chega para ser atendido, há vírus diferentes com os mesmos sintomas. O
teste rápido vai ser benéfico para o médico, que já vai poder tomar
decisões", afirma Osnei Okumoto, coordenador-geral de Laboratórios de
Saúde Pública do ministério.
Ele diz que
Estados com registros de macacos mortos e transmissão do vírus em humanos serão
foco da distribuição dos kits.
"Todos
eles vão com uma nota técnica sobre como devem ser usados. O médico, quando
observa sintomas, pode descartar dengue, zika e chikungunya. Em um prazo de 30
dias, eles já devem estar disponíveis. Mas todo teste rápido é de triagem não é
confirmatório. Ainda serão feitos exames complementares."
O valor de
aquisição dos kits ainda não foi divulgado, e reuniões estão sendo realizadas
para definir as estratégias de distribuição.
Além do
diagnóstico rápido, o uso do teste tem como objetivo mapear a circulação do
vírus pelo País. "Também vai ajudar a fazer o bloqueio na localidade em
que houver casos."
Hoje, o teste
do Instituto Adolfo Lutz, do governo do Estado de São Paulo, demora até 10 dias
para ficar pronto. Para casos em humanos, o instituto entrega os exames entre
três e cinco dias.
Segundo Ronaldo
Dias, diretor-presidente da Bahiafarma, o teste é simples e é realizado com uma
gota de sangue do paciente. "E, em 20 minutos, sai o resultado. O teste
mostra se a pessoa tem a cobertura vacinal e se está com o vírus naquele
momento."
Dias afirmou
que o laboratório obteve autorização da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) no final do ano passado e que já fornece outros testes
semelhantes para o ministério.
"Já
estamos em um processo de fornecimento de testes rápidos para o Ministério da
Saúde há cerca de dois anos. Agora que saiu o registro, vamos fornecer mais
este. A gente está se formatando para atuar com testes de arboviroses, porque
somos uma plataforma que tem a tecnologia e o campo para testar."
A Bahiafarma
produz testes rápidos para dengue, zika e chikungunya. O teste para a febre
amarela foi desenvolvido em parceria com o laboratório sul-coreano GenBody.
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