© Reuters Carlos
Marun: pedido revela
'falta de cautela' de ministro do STF
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O
ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse na noite desta segunda-feira que o
presidente Michel Temer está
“contrariado” e “indignado” com o pedido de quebra de seu sigilo bancário feito pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo
Tribunal Federal (STF). Marun disse, em entrevista coletiva, que o presidente
não tem nada a esconder e vai divulgar “todos os seus extratos” à imprensa. O
ministro também criticou o que chamou de “falta de cautela” de Barroso – sem
citá-lo nominalmente.
“O presidente
não tem nenhuma preocupação com as informações constantes em suas contas
bancárias”, disse Marun, que acrescentou que o presidente ainda “não foi
notificado” sobre a decisão.
A decisão de
Barroso no inquérito que investiga irregularidades envolvendo o Porto de Santos
atinge ainda três ex-assessores do presidente. A quebra abrange o período de 1º
de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2017. É a primeira vez que um presidente no
exercício do mandato tem os seus dados financeiros abertos por ordem judicial.
Marun disse que
o inquérito que apura se empresas foram beneficiadas pelo chamado Decreto dos
Portos é “completamente fraco”. “Inexistem sequer indícios de qualquer ilícito
que resulte em uma decisão destas, que, em sendo tomada em relação ao
presidente da República, revela uma falta de cautela que nos estranha neste
momento.” Marun ainda afirmou que “não há como não se indignar” com o pedido de
Barroso. “Este inquérito é como a investigação de um assassinato de alguém que
não morreu.”
(Com Estadão
Conteúdo)
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