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© Reuters Manifestantes
protestam contra a independência
da Catalunha em Madri, na Espanha
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O
primeiro-ministro espanhol, Mariano
Rajoy, voltou a afirmar em entrevista publicada nesta segunda-feira que
a Espanha não será
dividida. A declaração é uma resposta do premiê às intenções do governo catalão
de, seguindo os resultados de um
referendo considerado ilegal por Madri, declarar a independência
unilateral da Catalunha. Em
entrevista ao jornal alemão Die Welt, ao ser perguntado se existe
risco de a Espanha ser dividida, Rajoy disse: “Com certeza não. A Espanha não
será dividida e a unidade nacional será preservada. Faremos tudo que a
legislação permitir para garantir isso”.
A resposta do
premiê foi reforçada nesta segunda-feira por sua vice no governo, Soraya
Sáenz de Santamaría. Ela afirmou que o Executivo “tomará medidas” caso Carles Puigdemont, presidente do governo
catalão, declare a independência, contrariando a ordem do Tribunal Constitucional da Espanha
de suspender a sessão parlamentar. Sem entrar em detalhes sobre
quais seriam as “medidas”, Santamaría disse que a proclamação de independência
do líder catalão, a quem classificou como “fanático”, “não ficaria sem
resposta” de Madri, segundo informa o jornal espanhol La Vanguardia.
Por sua vez,
a Alta Corte da Catalunha pediu à polícia nacional espanhola que forneça
segurança extra no prédio do tribunal no caso de o Parlamento catalão seguir em
frente com a declaração unilateral de independência, informou a corte em
comunicado. A decisão de pedir reforço à polícia nacional espanhola para
proteger o edifício foi tomada de forma a aumentar a segurança no local e para
“garantir sua operação total e normal” caso Barcelona cumpra com os anseios
independentistas.
A França, país que divide fronteira com
a Catalunha, afirmou que não reconhecerá a independência da região caso o
processo seja conduzido de maneira unilateral. “A resolução dessa crise passa
pelo diálogo através de todas as esferas da política espanhola”, disse em
entrevista à rede de TV CNews a ministra francesa para
Assuntos Europeus, Nathalie Loiseau. Ela também reiterou a mensagem do
bloco europeu que, caso Barcelona declare sua separação da Espanha, “a
consequência mais imediata seria sua saída automática da União Europeia“.
(Com
Reuters)
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