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Irmã de Kim
Jong-un, Kim Yo Jong, participa de abertura
de um
complexo residencial em Pyongyang, na Coreia do Norte,
em 13 de
abril (Foto: Damir Sagolj/ Reuters)
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Kim Yo-jong, de 30 anos, estudou
na Suíça e depois ciência da computação em Pyongyang; ela cuidava da imagem do
irmão, 4 anos mais velho, antes de ser promovida.
Ela aparece com frequência ao lado
de seu irmão e foi anunciada como "alta funcionária" do partido
oficial.
Mas agora, Kim Yo-jong, a irmã
mais nova do líder norte-coreano, está prestes a se tornar a mulher mais
poderosa da Coreia do Norte.
No sábado, foi anunciado que Kim
Jong-un decidiu promover sua irmã e que ela ocupará um cargo no politburo (mais
alto órgão do executivo) do Partido dos Trabalhadores.
Desde 2014, Yo-jong, de 30 anos,
foi responsável pela imagem pública de seu irmão e ocupou o influente cargo de
vice-diretora do Departamento de Propaganda e Agitação.
Seu novo cargo foi anunciado por
Kim Jong-un durante um discurso na reunião do Comitê Central do Partido dos
Trabalhadores.
O correspondente da BBC, Danny
Savage, ressalta que a promoção de Yo-jong será vista como uma nova evidência
da consolidação da família Kim no poder da Coreia do Norte.
Yo-jong nasceu em 1987 e é a filha
mais nova do ex-líder coreano Kim Jong-il e sua esposa, Ko Yong-hui, que também
foi mãe de Jong-un e de seu irmão Jong-chol, de acordo com Michael Madden,
especialista do site "web 38 North".
A jovem estudou com seu irmão
Jong-un em Berna, na Suíça, de 1996 a 2000, e teria, de volta a seu país,
estudado ciências da computação na Universidade Militar Kim Il-sung.
Dizem que ela é muito próxima de
seu irmão, que é 4 anos mais velho. E há relatos não confirmados de que ela é
casada com o filho de Choe Ryong-hae, membro poderoso do partido e de seu
politburo.
Ela foi vista pela primeira vez em
um evento público em setembro de 2010, durante o Congresso do Partido dos
Trabalhadores, onde apareceu com seu pai.
Durante o funeral de Kim Jong-il,
em dezembro de 2011, ela ganhou grande visibilidade quando compareceu ao lado
de seu irmão e funcionários do partido durante as procissões fúnebres.
Até então, ela nunca tinha sido
citada. Mas, alguns meses depois, ela recebeu um cargo na Comissão de Defesa
Nacional como gerente de eventos de Kim Jong-un.
A primeira vez em que foi
oficialmente mencionada foi em 2014, quando acompanhou seu irmão para uma
votação para a Assembleia Suprema do Povo.
Ela foi então identificada como
"alta funcionária" do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores.
Consolidação
Com sua promoção, Yo-jong
substituirá sua tia, Kim Kyong-hui, de grande influência na tomada de decisões
de seu irmão, Kim Jong-il.
No ano passado, Kim Yo-jong foi
nomeada para uma posição-chave no partido, abrindo especulações de que poderia
ascender ainda mais nas graças de seu irmão e, consequentemente, da cúpula
política do país.
Sua promoção, dizem os
especialistas, reflete a grande estima de Jong-un por sua irmã mais nova.
"Isso mostra que seu
portfólio e mandato são muito mais substanciais do que se acreditava
anteriormente", disse Michael Madden ao jornal britânico "The
Guardian".
"E é uma consolidação maior
da família Kim no poder", acrescentou.
Lista negra
Em janeiro passado, o Departamento
do Tesouro dos EUA colocou Kim Yo-jong e outras autoridades norte-coreanas na
"lista negra" de pessoas sob sanções por "graves abusos contra
os direitos humanos".
Durante seu discurso no sábado,
Kim também anunciou que o chanceler Ri Yong-ho, que no mês passado se referiu
ao presidente dos EUA, Donald Trump, como "presidente diabólico" em
uma reunião da ONU, agora terá um cargo no politburo.
Ri Yong-ho também acusou Trump de
declarar guerra à Coreia do Norte e disse que se o presidente continuar com
"sua perigosa retórica", os Estados Unidos se tornarão o "alvo
inevitável" de um ataque com mísseis.
No seu discurso, Kim disse, em tom
desafiador, que seguirá adiante com seu programa nuclear mesmo com as sanções e
ameaças internacionais.
Horas após o discurso do líder
norte-coreano, o presidente Donald Trump publicou um tuíte dizendo que, após
anos de diálogo e conversas, "só há uma coisa que funcionará" para
lidar com a Coréia do Norte, mas não deu mais detalhes.
Por BBC
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