O reforço dos militares não vai para as ruas do Rio desde o dia 21 de agosto. |
Forças
militares iriam atuar em vias expressas e entorno das comunidades. Ministro
Raul Jungman disse que falta planejamento da Secretaria de Segurança Pública
para atuação das tropas.
A Secretaria de
Segurança do Estado do Rio pediu na noite desta quarta-feira (20) que as Forças
Armadas patrulhem 103 pontos da Região Metropolitana, incluindo as vias
expressas e o entorno das comunidades.
O reforço dos
militares não vai para as ruas do Rio desde o dia 21 de agosto. Em
entrevista ao RJTV, Pezão afirmou que ainda conta com os militares, mas que as
operações precisam de planejamento.
“Se precisar,
nós vamos utilizar. A gente já usou em três operações. Essas operações têm que
ser planejadas. Eles [os militares] não querem entrar para ficar como foi no
Alemão”, disse Pezão.
Questionado
sobre o motivo de as Forças Armadas, que estão à disposição do estado no
combate à criminalidade, não terem sido chamadas para colaborar com as
operações policiais desencadeadas na Rocinha após a invasão do último fim de
semana, Pezão afirmou que não havia necessidade.
"Não
precisa [das forças federais]. Estamos com o Bope e com o Choque desde
domingo", afirmou.
Apesar da
solicitação ter sido feita, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que vai
negar o o pedido de fazer patrulhamento nas áreas determinadas. A informação
foi dada pela GloboNews na noite desta quarta-feira (20). A possível recusa foi
dada dias depois de Jungmann criticar o planejamento estratégico da
Secretaria de Segurança Pública.
Ministro
critica planejamento do estado do Rio
O ministro da
Justiça, Raul Jungman, disse que falta planejamento por parte da Secretaria de
Segurança Pública para a atuação das tropas. A pasta do estado, no entanto,
nega a ausência de plano.
Em nota,
divulgada na sexta-feira (15), o Comando Militar do Leste declarou que
"aguarda o provimento de recursos orçamentários para desencadear novas
operações". Neste domingo (17), porém, uma nova nota trazia versão
diferente: dizia que os recursos estão sendo descentralizados pelo Ministério
da Defesa e que à medida que novas ações ocorrerem, outros recursos serão
descentralizados.
A última
operação com a participação das Forças Armadas no Rio foi no dia 21 de agosto.
Apesar da violência que toma conta da cidade, as tropas permanecem dentro dos
quartéis há quatro semanas. Fontes do governo em Brasília reconhecem que existe
um impasse, mas não seria por falta de recursos e sim pela difícil relação com
as polícias Civil e Militar no Rio.
O governo
federal só quer voltar a usar as tropas depois que a Secretaria de Segurança
Pública do estado apresentar um plano estratégico para coordenar a atuação das
polícias Civil e Militar, área por área. A avaliação é que falta de articulação
entre as policias tem sido um dos motivos para o resultado abaixo do esperado
das operações contra o crime organizado.
A secretaria de
segurança negou a ausência de um plano para atuação da polícia e disse que a
parceria com as Forças Armadas continua.
Por RJTV
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