Sanções 'tem como objetivo
gerar mais instabilidade, alentando os setores mais violentos da oposição', diz
declaração da Alba. Bloco reúne países como Cuba, Bolívia, Nicarágua e Equador.
Os países da Aliança Bolivariana
para os Povos da Nossa América (Alba) fecharam apoio nesta terça-feira (8) ao
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitando as sanções internacionais
contra a Assembleia Nacional Constituinte, órgão defendido pelo bloco instalado
pelo chavismo no país.
"Essas ações contra a
Venezuela não conduzirão a nenhuma solução que favoreça ao povo e só têm como
objetivo gerar mais instabilidade, alentando os setores mais violentos da
oposição", afirmou a Alba em uma declaração conjunta assinada pelos
chanceleres do bloco após uma reunião extraordinária em Caracas.
O texto classifica como
"ingerências imperialistas" as sanções adotadas pelos Estados Unidos
contra Maduro e membros do governo venezuelano por realizarem a Constituinte. A
União Europeia (UE) estuda adotar medidas similares.
Segundo a Alba, o congelamento dos
bens que Maduro e outros funcionários do governo da Venezuela têm nos EUA são
ações voltadas contra o povo do país e buscam uma "mudança de
regime".
A aliança bolivariana reconhece a
validade da Assembleia Constituinte, eleita no último dia 30 de julho, em um
pleito marcado pela violência e por protestos da oposição.
Tanto os opositores como vários
grupos sociais denunciaram uma fraude nos resultados oficiais de participação.
Segundo o governo, mais de 8 milhões de pessoas foram às urnas, um número que é
contestado também pela empresa que faz a contagem dos votos.
Os chanceleres da Alba criticaram,
além disso, a "guerra não convencional" contra Venezuela, Cuba e
outros países socialistas. Eles também reiteraram o apoio à revolução chavista
e pediram à oposição venezuelana um diálogo com o governo para superar a crise
enfrentada pelo país.
Fundada em 2004 por Venezuela,
Cuba e outros países da América Latina e do Caribe, a Alba tem como membros
países como Bolívia, Nicarágua e Equador.
Por Agencia EFE
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