Mulher passa
em frente a um portão fechado com a frase
“fechado
contra a ditadura”, durante greve geral, em Caracas,
na
Venezuela, nesta quinta-feira (20) (Foto: Marco Bello/ Reuters)
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Convocação acontece dias após o
plebiscito simbólico em que participantes votaram contra o governo e pediram
eleições antecipadas.
A oposição convocou para esta quinta-feira
(20) uma greve geral no intuito de aumentar a pressão contra a iniciativa do
presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de convocar uma Assembleia
Constituinte. A agência Reuters afirma que as ruas do país amanheceram vazias e
com barricadas. As empresas aderiram à paralisação.
"Começou bem. Não há
movimento, tudo está fechado, todos precisamos fazer o nosso melhor para se
livrar desse tirano", disse o manifestante Miguel Lopez, de 17 anos, em
uma via central de Caracas que estava sem tráfego, ainda de acordo com a
Reuters.
A greve acontece dias após o
plebiscito simbólico em que 98,4% dos mais de 7 milhões de participantes
votaram contra o governo e pediram eleições antecipadas.
O processo de convocar uma
constituinte, criticado pela oposição e pela comunidade internacional, na
prática, vai estender o mandato de Maduro.
A oposição anunciou que formará um
governo de transição caso Maduro não desista da votação para eleger a
Assembleia Constituinte, prevista para acontecer em 30 de julho. Na ocasião, os
eleitores elegerão 545 representantes para redigir uma nova Carta Magna para o
país.
O presidente venezuelano enfrenta
uma onda de protestos, que começou em abril, e já matou quase 100 pessoas. Na
terça-feira (18), o Ministério Público da Venezuela informou que investiga a
morte de um homem identificado como Héctor Anuel, que foi queimado durante uma
manifestação no estado de Anzoategui.
Por G1
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