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© Marcelo
Camargo/Agência Brasil Torquato Jardim afirmou
que será
preciso selecionar as ações mais importantes
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O Ministro da Justiça, Torquato
Jardim, afirmou que a Polícia Federal não terá dinheiro suficiente neste ano
para realizar todas as operações e precisará selecionar as mais importantes.
A PF já informou ao governo
federal que, após cortes e contingenciamentos, não terá recursos para terminar
todo este segundo semestre, o que pode afetar o número de ações, inclusive a
Lava Jato.
"Tenho que ser honesto,
sincero e transparente. Poderá implicar em processos seletivos de ações, não
realizar todas as operações ou não realizar em suas extensões totais, mas
apenas parcialmente", afirmou o Torquato.
Em entrevista, o ministro disse que há uma
previsão para descontingenciamento que deve render à polícia R$ 70 milhões por
mês até o final do ano. Segundo Torquato, o contingenciamento foi de R$ 400
milhões.
No mês passado, a emissão de
passaportes foi paralisada pela PF por falta de orçamento.
O problema foi resolvido apenas
três semanas depois, quando o Congresso aprovou a liberação de cerca de R$ 102
milhões para a área.
Torquato respondeu a críticas
feitas pelo Ministério Público do Paraná por falta de apoio à Lava Jato. Ele
disse que as reclamações são infundadas e que apoia a operação.
O ministro foi mais uma vez
perguntado sobre o futuro do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello,
e repetiu que não há previsão de mudança, mas não garantiu a permanência.
"Estamos trabalhando para uma
nova Polícia Federal, novo sistema, o engajamento institucional, irrelevante
quem vai continuar, se é ele lá e eu aqui", finalizou.
LAVA JATO
Há cerca de duas semanas, a PF
decidiu acabar com a força-tarefa da Lava Jato no Paraná. De acordo com a
versão da polícia, a decisão foi da própria sede estadual, por motivos de
organização interna.
Curitiba concentra boa parte das
investigações da operação, já que a coordenação da primeira instância está sob
os cuidados do juiz Sergio Moro, da 13a Vara da Justiça Federal do Paraná.
Desde a delação da Odebrecht, e
depois da JBS, porém, Brasília virou polo importante das apurações, pelo grande
número de inquéritos abertos no STF (Supremo Tribunal Federal). Com informações
da Folhapress.
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