O bailarino
ressalta que sua situação é ainda mais difícil pelo
fato de sua mulher também ser do corpo de
baile do Municipal.
Logo, são
duas pessoas sem receber salário.
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Filipe Moreira se tornou
motorista de Uber para obter dinheiro e pagar as contas. Atualmente, cerca de
200 mil servidores do estado do RJ estão sem pagamento.
Devido à crise financeira do
estado, cerca de 200 mil servidores públicos ainda estão com os salários
atrasados. Alguns deles veem, como única alternativa para pagar as contas,
manter duas profissões. É o caso de Filipe Moreira, primeiro-bailarino do Theatro
Municipal, que se tornou também motorista de Uber.
"É uma situação muito
complicada. Ser bailarino, principalmente num país onde a cultura não é
valorizada, é muito difícil. São anos de dedicação, porque o balé é arte, mas
também trabalho físico, como o de um atleta de ponta. Um bailarino leva de oito
a dez anos para ser profissional. Depois de tudo que passei, a crise se
instaurou no Rio e cheguei a ficar três meses sem receber. Não tinha mais de
onde tirar dinheiro", conta Filipe.
O bailarino ressalta que sua
situação é ainda mais difícil pelo fato de sua mulher também ser do corpo de
baile do Municipal. Logo, são duas pessoas sem receber salário. "Meus pais
e os dela não têm como nos ajudar, então não tive alternativa a não ser
procurar um trabalho paralelo. Foi quando tive a ideia de ser motorista do
Uber", diz ele.
Filipe conta ainda que,
trabalhando como motorista, conheceu várias outras pessoas que estão na mesma
situação, de abrir mão da profissão que escolheram: "E essa crise do
estado está fazendo isso, sucateando as pessoas. E ainda tem o fato de que,
além do Municipal, todos os outros eventos para os quais eu seria chamado foram
cancelados. Só no primeiro semestre deste ano foram três", lamenta.
Por Globo News
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