Manifestantes
atacam prédio administrativo do Tribunal
Superior de
Justiça da Venezuela - 12/06/2017
(Federico
PARRA/AFP)
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Jovens encapuzados entraram em confronto
com funcionários do local e atiraram pedras e coquetéis molotov, provocando um
incêndio na fachada
Manifestantes incendiaram nesta
segunda-feira um prédio do Tribunal
Supremo de Justiça (TSJ), durante violentos distúrbios em Caracas, em mais um dia de protestos
contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Segundo o jornal local El
Nacional, grupos de jovens encapuzados entraram em confronto com
funcionários do local e atiraram pedras e coquetéis molotov, provocando um incêndio
na fachada.
Três pessoas teriam ficado feridas
por tiros disparados contra os manifestantes de dentro do edifício, informou o
jornal. Em meio à ação dos bombeiros para apagar o fogo, a Guarda Nacional
Bolivariana utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o protesto.
Desde o início de abril, a dura repressão de Maduro já deixou 66 mortos e
mais de mil feridos.
O prédio incendiado abriga a sede
da Direção Executiva da Magistratura (DEM), um órgão auxiliar do TSJ, que
anunciou nesta segunda-feira que mudará a instituição de local por considerar
Chacao, a região em que fica o prédio e que tem sido local de frequentes
protestos, “um território sem lei”.
Reforma na Constituição
O STJ rejeitou nesta segunda o
pedido da procuradora-geral do país para frear o processo de reforma da
Constituição defendido pelo presidente Nicolás Maduro. “Por inepta
acumulação de reivindicações, o Tribunal Supremo de Justiça declara inadmissível
o recurso de Luisa Ortega Díaz”, informou a corte em seu perfil no Twitter.
Na quinta-feira, Luisa havia
solicitado a anulação da Assembleia Constituinte defendida pelo governo de
Maduro, uma iniciativa fortemente criticada pela oposição no país e
que desencadeou a onda atual de protestos.
Na ocasião, a procuradora-geral
expressou que o futuro da democracia do país estava em jogo. “É o povo soberanos
que tem a prerrogativa de convocar uma constituinte”, afirmou Luisa, para quem
o processo promovido por Maduro viola os direitos humanos.
(com AFP)
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