Léo Pinheiro,
em depoimento concedido na
quarta (21)
(reprodução/Reprodução)
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Dono da OAS
afirma que todos os contratos da Petrobras destinavam 1% ao partido
Em depoimento
ao juiz Sergio Moro nesta quarta (21), o presidente da OAS, Léo Pinheiro,
afirmou que era sistemática a cobrança de propina de 1% nos contratos da
Petrobras.
O dinheiro,
segundo Pinheiro, era destinado a abastecer os cofres do PT. A audiência tratou
do contrato firmado entre a empreiteira e a Petrobras para a construção
do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).
“Eu fui
apresentado ao senhor Paulo Ferreira em 2007. E ele ia substituir o Delúbio
Soares na tesouraria do PT”
“Foi informado
que era para ter o pagamento de 1%, conforme era uma regra do PT nos projetos
da Petrobras”, disse.
Moro, em
seguida, quis saber se o pedido de propina foi feito diretamente a ele.
“Ele me
procurou informando que teriam esses pagamentos”, confirmou Pinheiro.
“Eu que sabia
que existiam esses pagamentos em outros contratos naquela época. Nós não
participávamos do clube, mas queríamos. Isso veio a ocorrer posteriormente”,
diz ele, sobre o grupo de empreiteiras que sempre ganhava as licitações da
Petrobras.
Adiante, Moro
quis saber se o Cenps foi o único projeto em que Léo Pinheiro pagou propina.
“Fizemos parte
do consórcio da refinaria da Repar, fizemos parte da refinaria RNEST que
tiveram esses pagamentos”, disse ele, sobre os projetos de Refinaria
Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, e Abreu e Lima, em Pernambuco.
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