Verónica
Morales, prefeita da cidade de San Cosme, em imagem
de arquivo
(Foto: Susana Seoane Llano / Prensa Municipalidad
de San Cosme
Corrientes Argentina)
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Pai de prefeita foi eleito
vereador na cidade, mas ainda não assumiu. Ele a acusa de ficar com fundos
públicos destinados a obras que não saíram do papel.
Verónica Morales, prefeita da
cidade de San Cosme, no norte da Argentina, foi denunciada por seu pai,
vereador do município, por supostamente ficar com fundos públicos destinados a
obras que não saíram do papel.
O insólito caso gerou uma multidão
de comentários na imprensa e nas redes sociais depois que os meios de
comunicação locais divulgaram a denúncia feita por Eduardo Morales, cuja
ex-mulher e mãe da acusada também foi prefeita da mesma cidade - de cerca de 6.500
habitantes - e outra de suas filhas, vereadora.
"Sabia que meu pai é
instável, bipolar. Mas que tenha feito uma coisa assim, ainda mais sabendo que
eu tenho como provar que tudo isso é mentira, me surpreende", declarou a
prefeita à imprensa local.
Morales, que foi eleito vereador
em 2015, mas ainda não assumiu, acusou sua filha de ser responsável pela falta
de obras que foram cobradas com certificados presumivelmente adulterados e de
ficar com o dinheiro destinado pelo Estado para sua realização.
"Fez isso em conivência com
os vereadores atuais. Por isso não me deixam assumir, porque têm problemas. Se
chego ao Conselho Deliberativo vão ter problemas a cada minuto. Porque sou uma
pedra no sapato", disse Morales à emissora de televisão "Todo Notícias".
Morales citou como exemplo o fato
de que chegaram 325.000 pesos (cerca de R$ 60 mil) para a compra de uma
caminhonete para os bombeiros, "mas não existe corpo de bombeiros em San
Cosme".
"Acredito que o que está
buscando é desprestigiar a gestão, mas não vai conseguir porque tenho as contas
em dia. Estou muito tranquila", garantiu a prefeita da cidade, situada na
província de Corrientes, no norte da Argentina.
Segundo explicou o próprio,
Eduardo Morales está separado de sua família por "uma manobra
maligna" que, em sua opinião, fizeram contra ele.
"Ela (Verónica) e a mãe me
deixaram na rua", acrescentou Morales, que acusou sua filha e sua
ex-mulher de desvinculá-lo da construtora familiar.
"A construtora é minha.
Jamais teve nenhuma empresa. Nunca foi deixado de fora de nada porque nunca
teve nada", esclareceu Verónica Morales, que salientou que seu pai tinha
"uma vida paralela" e estava "dando um calote" para
construir a casa "de sua amante".
Consultada pelo paradoxo de que
tantos membros da família tenham ou tenham tido cargos no governo local, a
atual prefeita especificou que não se trata de postos hereditários.
"Todos nos expomos à vontade
popular para chegar ao cargo", argumentou.
Por Agencia EFE
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