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par RFI
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A polícia britânica deteve nesta
terça-feira (23) na zona sul de Manchester um homem de 23 anos supostamente
relacionado com o atentado que deixou 22 mortos e 59 feridos, ontem à noite,
após um show da cantora americana Ariana Grande na cidade. O grupo terrorista
Estado Islâmico assumiu hoje a autoria do ataque. Depois de se reunir com
membros do governo e dos serviços de inteligência nesta manhã, a
primeira-ministra Theresa May disse que a polícia possa ter identificado o
autor da explosão, mas ainda não pode confirmar seu nome.
O homem-bomba detonou um artefato
caseiro do lado de fora da Manchester Arena, perto da entrada de uma estação de
trem. A bomba utilizada, repleta de pregos, pilhas e material explosivo, tinha
o objetivo de provocar uma carnificina, com "o maior número possível de
vítimas", segundo a primeira-ministra. May destacou, no entanto, não ter a
menor dúvida de que o Reino Unido sofreu um "ataque terrorista sem
piedade". Dos 59 feridos atendidos em oito hospitais da região, várias
pessoas estão em estado crítico.
Os partidos políticos britânicos
suspenderam a campanha para as eleições legislativas de 8 de junho. Pelo
Twitter, a cantora Ariana Grande lamentou o atentado e disse estar arrasada. O
prefeito de Londres, Sadiq Khan, anunciou que a capital terá sua segurança
reforçada nos próximos dias.
Trata-se do maior atentado já
visto em Manchester. O segundo em dois meses, depois do ataque contra pedestres
no Parlamento britânico, no dia 22 de março passado. É também o segundo maior
em número de vítimas em tempos recentes, desde as explosões coordenadas no
metrô de Londres, que deixaram 52 mortos, em 2005.
Solidariedade da população
Durante a noite e na manhã desta
terça-feira, vários moradores da região metropolitana de Manchester ofereceram
suas casas para abrigar sobreviventes do ataque que vieram à cidade
especialmente para o show. A polícia instalou um posto de apoio às vítimas em
outro ginásio da cidade.
Pelo Twitter, a cantora Ariana
Grande lamentou o atentado e disse estar arrasada.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan,
anunciou que a capital terá sua segurança reforçada nestes próximos dias.
Repercussão internacional
O ataque tem forte repercussão
internacional. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a França
manterá o combate ao terrorismo ao lado das forças britânicas.
A chanceler alemã, Angela Merkel,
disse que é inconcebível que se aproveitem de um concerto de música pop para
ferir e matar tantas pessoas. "Esse ataque terrorista só reforça a
determinação de combater o terrorismo ao lado de nossos amigos britânicos",
disse Merkel.
O presidente americano, Donald
Trump, em visita a Belém, na Cisjordânia, manifestou condolências aos feridos e
às famílias das vítimas. "Tantos jovens inocentes e belos, vivendo e
amando a vida, assassinados por esses perdedores mal-intencionados", disse
Trump.
O primeiro-ministro francês,
Édouard Philippe, publicou um comunicado afirmando que "o terrorismo
covarde visou de novo, como em Paris, uma sala de espetáculos (...). Diante
deste crime abominável, envio aos cidadãos de Manchester e ao povo britânico a
solidariedade do povo francês."
A cantora pop americana Taylor
Swift, amiga de Grande, escreveu: "Meus pensamentos, minhas orações e
minhas lágrimas estão com todos os atingidos pela tragédia desta noite em
Manchester...". A cantora Katy Perry está "rezando por todos os que
estavam no show".
O governador de Nova York, Andrew
Cuomo, declarou que "este evidente ato de terrorismo, que teve como alvo
um show ao qual assistiam milhares de adolescentes e jovens, é um ataque
inexplicável e detestável aos nossos valores universais como seres
humanos". "Um ataque a um é um ataque a todos, e Nova York se
solidariza com o povo britânico e com nossos amigos em todo o mundo contra as
forças do ódio e do terror", disse Cuomo, que determinou um reforço na segurança
em áreas sensíveis do Estado.
Com informações da AFP
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