'França estará na 1ª fileira na luta contra o terrorismo', diz Macron em discurso como presidente eleito | Rio das Ostras Jornal

'França estará na 1ª fileira na luta contra o terrorismo', diz Macron em discurso como presidente eleito

O presidente eleito Emmanuel Macron e sua mulher,
 Brigitte Trogneux, comemoram a vitória em palco
 montado em frente ao Museu do Louvre
(Foto: REUTERS/Benoit Tessier)
Presidente mais jovem da França fez dois discursos após vitória no 2º turno. Emmanuel Macron diz que moralização da vida pública do país será a primeira prioridade de seu mandato.
Emmanuel Macron fez seu primeiro discurso como presidente eleito na França pouco depois de as projeções o indicarem como o vencedor deste segundo turno. Em seu comitê de campanha, sem sorrir ou comemorar, o centrista destacou que a França estará à frente da luta contra o terrorismo, tanto em território francês como internacionalmente, e que a moralização da vida pública do país será a primeira prioridade de seu mandato.
Ele afirmou que, nos próximos cinco anos, terá a responsabilidade de apaziguar medos e promover otimismo entre os franceses. Também enfatizou a necessidade de trabalhar para reconciliar a nação, diante dos votos extremos. Em seu discurso, enviou uma "saudação republicana" à candidata derrotada Marine Le Pen.
Depois, em um segundo discurso, desta vez mais acalorado, se dirigiu a apoiadores em um palco montado em frente ao Museu do Louvre. Macron disse ao povo da França que a força, energia e vontade é o que "fez de nós o que somos". "É isso o que vai conduzir nosso futuro. Não cederemos nada ao medo, nada às divisões, nada à mentira, à ironia, ao amor pelo declínio ou pela derrota", afirma.
Com 99,99% dos votos recebidos, a apuração oficial confirmou que Emmanuel Macron foi eleito com 66,06% dos votos, contra 33,94% para Marine Le Pen. A líder da extrema-direita reconheceu a derrota na eleição e afirmou que seu partido, a Frente Nacional, conquistou um resultado histórico nas urnas.
Veja as principais frases de seu discurso:
Sei as divisões da nossa nação que levaram alguns a votos extremos e respeito essas divisões. Sei da raiva, da ansiedade, das dúvidas que grande parte de vocês também expressou. É minha responsabilidade escutá-las, protegendo os mais frágeis, organizando melhor a solidariedade, lutando contra todas as formas de desigualdade e de discriminação, garantindo de forma implacável e resoluta a sua segurança, garantindo a unidade da nação.
Vou defender a França, seus interesses vitais, a sua imagem, a sua mensagem. E me comprometo diante de vocês: vou defender a Europa, a comunidade de destinos que se deram os povos do nosso continente. É a nossa civilização que está em jogo.
A França estará na primeira fileira na luta contra o terrorismo, no seu solo e na ação internacional. Pelo tempo que durar esse combate, nós vamos estar nele sem fraquejar.
A moralização da nossa vida pública, o reconhecimento do pluralismo, a vitalidade democrática serão desde o primeiro dia a base da minha ação.
Nesses cinco anos que começam minha responsabilidade será de acalmar os medos, de nos levar a reencontrar o otimismo, o espírito de conquista.
Vou lutar com todas as minhas forças contra a divisão que nos enfraquece e nos abate. É assim que nós poderemos devolver ao povo francês as chances que a França lhes deve.
Vamos amar a França a partir dessa noite. E nos próximos cinco anos eu vou com humildade, devoção e determinação servir em nome de vocês. Viva a República, Viva a França.
Festa pela vitória
Depois de seu primeiro discurso, Macron seguiu para a região do Mudeu do Louvre, onde estava sendo realizada uma festa em comemoração à sua vitória. Entrou ao palco com o hino europeu de fundo, simbolizando seu apoio ao bloco europeu, uma de suas principais bandeiras e fonte de discordância com Le Pen.
Então, discursou a apoiadores com um tom mais acalorado, reforçando que respeitará desacordos dos franceses e que vai trabalhar para unir o país. Veja os destaques de seu segundo discurso:
Não cederemos nada ao medo, nada às divisões, nada às mentiras, à ironia, os desvios, ao amor pelo declínio ou pela derrota.
Eu vou protegê-los frente às ameaças. Combaterei por vocês contra a mentira, o imobilismo, a ineficácia, para melhorar a vida de cada um. Respeitarei cada um naquilo que pensam e naquilo que defendem. Eu quero a unidade, a união do nosso povo e do nosso país.
Eu vou servi-los em nome da liberdade, igualdade e fraternidade. Vou servi-los com amor. Viva a República, viva a França.
Veja a íntegra do discurso a apoiadores:
'A França ganhou', diz Macron diante de multidão no Louvre
A festa em comemoração à vitória de Macron começou logo que as pesquisas de boca de urna indicaram que ele seria eleito presidente da França, às 15h (horário de Brasília). Uma multidão se reuniu em frente ao museu Louvre. VEJA FOTOS.
Impactos da eleição
Na prática, a escolha pelo jovem ex-ministro da Economia do até agora presidente François Hollande é uma opção pela política de engajamento com a União Europeia. Especialistas ouvidos pelo G1 comentam que manter essa política externa deverá ser o menor dos problemas de Macron.
No entanto, para avançar em outros projetos, o novo presidente deverá esperar por um segundo resultado importante: de 11 a 18 de junho ocorrem as eleições legislativas francesas. Filiado a um partido pequeno e recente com menor probabilidade de vencer, o En Marche!, ele deverá traçar uma estratégia para angariar apoio dos mais tradicionais. LEIA MAIS.
Perfil e propostas
Macron é o mais jovem presidente eleito da França. Ex-banqueiro e ex-ministro da Economia, ele vem de uma família com tendências políticas de esquerda e agrada a direita, mas hoje é considerado um político de centro. É casado desde 2007 com Brigitte Trogneux, 24 anos mais velha do que ele. Em 2014, foi nomeado ministro da Economia pelo primeiro-ministro Manuel Valls. Durante seu período como ministro, Macron foi classificado como um pró-reformista e favorável a empresas.
Entre suas propostas estão maior controle nas fronteiras, assumir sua “justa parte” na acolhida de refugiados, redução do imposto que incide sobre as empresas, alterar a cobrança do imposto sobre grandes fortunas. LEIA MAIS.

Por G1
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