Prisoneiro
palestino 'fura' greve de fome em prisão
israelense
(Youtube/Reprodução)
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Marwan Barghouti está em greve
contra as supostas más condições das prisões israelenses
Marwan Barghouti é um
dos principais expoentes da facção palestina Fatah, do presidente
Mahmoud Abbas, que cumpre cinco penas de prisão perpétua em Israel.
Barghouti dizia estar em greve de fome há três
semanas mas foi filmado comendo em sua cela. Os serviços
prisionais israelenses divulgaram duas filmagens que mostram Barghouti comendo
biscoitos em segredo no dia 27 de abril e uma barra de chocolate no dia 5 de
maio.
O político palestino faz parte do
grupo de mais de 890 prisioneiros que recusam alimentos desde 17 de abril
em protesto contra o que eles chamam de más condições das prisões israelenses.
Os presos divulgaram uma lista com demandas a serem cumpridas para que
abandonem a greve, entre elas melhores serviços médicos, visitas familiares
mais frequentes e o fim das detenções sem julgamento.
As filmagens divulgadas pelo
serviço prisional de Israel têm 9 minutos de duração. A primeira parte, de 27
de abril, mostra Barghouti abrindo um envelope e entrando no banheiro de sua
cela. Segundo as autoridades israelenses, o envelope continha biscoitos.
A segunda parte mostra o homem
abrindo outro envelope no dia 5 de maio. Dessa vez, ele se dirige até o
banheiro e é possível vê-lo colocando em sua boca um pedaço do que os serviços
prisionais afirmaram ser uma barra de chocolate ou de cereais. Ele aparece
também comendo um pacote de sal.
“Essa greve de fome nunca foi
sobre as condições dos terroristas condenados, que atendem os padrões
internacionais”, afirmou o ministro de Segurança Pública de Israel, Gilad
Erdan. “Barghouti é um assassino e hipócrita que incitou seus companheiros
prisioneiros a fazer greve e sofrer enquanto ele comeu em suas costas. ”
Um dos caciques da organização
política palestina Fatah, Marwan Barghouti foi preso
por Israel em 2002, sob acusação de terrorismo, e sentenciado
a cinco penas de prisão perpétua em 2004, depois de ser
condenado por múltiplos assassinatos de israelenses. Sua esposa, Fadwa, afirmou
que as filmagens são “falsas” e que foram divulgadas com a intenção de
prejudicar a moral dos participantes da greve de fome.
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