Trump diz
que EUA podem agir sozinhos contra
Coreia do Norte (Foto: Reuters/Carlos Barria)
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Presidente americano ameaça
agir unilateralmente caso a China não coopere em acabar com a ameaça nuclear de
Pyongyang. Além de sanções econômicas, ações militares não estão descartadas.
O presidente americano, Donald
Trump, afirmou no domingo (2) que os Estados Unidos estão prontos para agir
sozinhos, caso a China não aumente a pressão contra o programa nuclear
norte-coreano. Trump conversou com o jornal americano Financial Times dias
antes de receber o presidente chinês, Xi Jinping, em encontro agendado para
quinta e sexta-feira no resort Mar-a-Lago, na Flórida.
"A China tem grande
influência sobre a Coreia do Norte. A China é que vai decidir se nos ajuda com
a Coreia do Norte ou não. Se o fizer, será muito bom para a China, e se não o
fizer, não será bom para ninguém. Se a China não resolver [a questão com a]
Coreia do Norte, nós vamos."
Questionado sobre como o faria,
Trump não limitou-se a afirmar que não seria como "os Estados Unidos de
antes, que anunciavam onde iam atacar no Oriente Médio".
Membros da política externa do
governo Trump emitiram comentários semelhantes em relação à China. Em
entrevista ao show político This Week, da emissora ABC, a embaixadora dos EUA
na ONU, Nikki Haley, concordou que a China precisa cooperar na abordagem com Pyongyang.
"Eles precisam pressionar a Coreia do Norte. O único país que pode detê-la
é a China. E eles sabem disso."
EUA analisam opções
Os assessores de segurança
nacional de Trump concluíram no domingo uma revisão das opções dos EUA para
pressionar a Coreia do Norte a restringir seus programas nucleares e de
mísseis, segundo fontes do governo americano. A revisão, realizada pelo
Conselho de Segurança Nacional sob ordens de Trump, considera uma variedade de
medidas econômicas e militares, mas enfatiza novas sanções assim como
pressionar mais a China para exercer controle sobre Pyongyang.
Depois de visitar a zona
desmilitarizada que separa as duas Coreias, o secretário de Estado dos EUA, Rex
Tillerson, afirmou em março que uma ação militar contra a Coreia do Norte é uma
"opção na mesa".
O conselheiro de segurança
nacional, K. T. McFarland, disse que até o fim do mandato de Trump há uma
"possibilidade real" de que a Coreia do Norte consiga desenvolver um
míssil nuclear capaz de alcançar EUA, segundo publicação do Financial Times. A
Coreia do Norte realizou cinco testes nucleares, incluindo dois em 2016. Num
lançamento recente, três mísseis chegaram a 300 quilômetros da costa japonesa.
China, amiga solitária
A China é a única aliada da Coreia
do Norte e fornece alimentos e outros tipos de ajuda ao país empobrecido e
politicamente isolado. Pequim também importava carvão norte-coreano, mas
proibiu as importações em 2017 em retaliação a um teste de mísseis em
fevereiro. A venda de carvão é uma fonte de renda importante para Pyongyang.
Apesar da proibição, autoridades
dos EUA alegaram que a China continua importando carvão norte-coreano por meio
de "empresas de fachada" na cidade de Dalian, no nordeste chinês. A
embaixadora Haley pediu que Pequim suspenda as importações clandestinas.
Embora seja aliado diplomático e
econômico da Coreia do Norte, Pequim afirma que a sua influência sobre o regime
liderado por Kim Jong-un é limitada.
Por Deutsche Welle
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