Suspeito de
espancar argentino foi preso em
Senador
Camará (Foto: Divulgação)
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Fantástico teve acesso com
exclusividade a depoimento de preso e conversou com os pais de Matias Carena.
'Não vou culpar o país por causa de 4 assassinos', diz mãe.
O delegado Fábio Cardoso, chefe da
Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio, disse que a briga que terminou
com a morte do turista argentino Matias Sebástian Carena foi iniciada com um
esbarrão na saída da boate em Ipanema. O crime foi na madrugada do dia 26 e
quatro brasileiros tiveram a prisão decretada – três estão foragidos e um foi
preso.
"Quando o grupo de argentinos
saiu, tava indo embora, eles passaram por parte desse grupo de brasileiros e aí
encostaram um no outro. E ali começou a discussão, os brasileiros começaram a
ofender, xingar os argentinos que não concordaram, ficaram indignados (...) O
Matias foi o que mais se indignou com as ofensas que tava sofrendo, as ameaças
que tava sofrendo. Mas, em seguida, ele passou a não querer brigar mais",
explicou o delegado.
O Fantástico teve
acesso, com exclusividade, ao depoimento Pedro Henrique Marciano, conhecido como
PH, um dos quatro suspeitos de envolvimento na morte do turista.
PH foi preso no sábado (1º),
depois de uma ligação anônima para o Disque-Denúncia. Ele estava escondido na
casa da namorada, na favela da Coreia, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Os três
brasileiros que estavam com ele estão foragidos: Júlio Cesar Oliveira Godinho;
Valterson Ferreira Cantuária, o Toddy Cantuária, ex-integrante do grupo de
pagode Karametade; e Thiago Noroes Lessa Silva, conhecido como Kadu Lessa.
De acordo com testemunhas e
imagens de câmeras de segurança, que registraram a briga, Júlio participou do
cerco à vítima. Toddy deu o soco que derrubou o argentino e Kadu o agrediu com
as muletas de um quinto amigo, Leo, que não participou das agressões.
No depoimento, PH afirma saíram
dois argentinos que estavam muito alterados e que iniciou-se uma briga entre os
seus amigos brasileiros contra dois argentinos. Pedro Henrique disse que pegou
a muleta e passou a dar golpes no ar com o objetivo de afastar os argentinos.
As imagens, no entanto, mostram que Pedro Henrique atacou Matias.
Matías era
um garoto fascinado por passes e gols. Era um
jovem jogador de futsal de um bairro simples
de Buenos Aires.
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Segundo as investigações, Matias
já chegou morto ao hospital.
Toddy Cantuária seguiu para o
Aeroporto Internacional do Rio e, de lá, para Espanha. A Polícia Federal
acionou a Interpol para cuidar do caso. Godinho e Thiago Lessa também estão
foragidos.
'Não vou culpar o país por causa
de 4 assassinos', diz mãe de argentino
Pais querem justiça
Uma equipe de reportagem do
Fantástico foi à casa dos pais do Matias, Carlos e Monica, na Argentina. Eles
dizem que não podem condenar todo o país devido à ação de quatro assassinos,
mas querem justiça, para que os agressores não desfrutem de uma vida normal que
Matias não poderá mais viver.
Imagens
de câmeras de segurança, que registraram a briga,
Júlio
participou do cerco à vítima. Reprodução
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Matías era um garoto fascinado por
passes e gols. Era um jovem jogador de futsal de um bairro simples de Buenos
Aires.
A paixão pelo futebol era coisa de
família. O pai e o tio dele foram jogadores. Matias começou a jogar bola quando
tinha apenas 5 anos, mas a carreira do jovem foi interrompida justamente quando
ele entrou num novo clube. Ele só treinou na "nova casa". Tempo
suficiente pra deixar saudades e ser homenageado pelos colegas de clube.
Por G1 Rio
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