Eduardo Paes
durante entrevista coletiva na Olimpíada
do Rio (Foto: Luiz Ackermann/Agência O Globo)
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Executivos da construtura
disseram que ex-prefeito e o hoje deputado Pedro Paulo receberam de caixa 2
para campanhas. Ambos estão na 'lista de Fachin'.
O ex-prefeito Eduardo Paes e o
deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ), ex-secretário de Paes, estão entre os alvos
de investigações autorizados pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da
Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo informações do
inquérito, disponibilizado nesta terça-feira (11) pelo jornal "O Estado de
S. Paulo", Paes recebeu cerca de R$ 15 milhões em propina da Odebrecth.
O inquérito vai investigar os
crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de
dívidas, com base nas delações premiadas de três executivos da construtora:
Leandro Andrade Azevedo, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Luiz Eduardo da
Rocha Soares.
'Nervosinho'
Benedicto Barbosa, o homem forte
do Departamento de Propinas da Odebrecht, disse que o prefeito, apelidado de
“Nervosinho” nas planilhas, recebeu mais de R$ 15 milhões “ante seu interesse
na facilitação de contratos relativos às Olimpíadas de 2016”.
Da transação, realizada em 2012,
R$ 11 milhões foram repassados no Brasil e outros R$ 5 milhões, meio de contas
no exterior.
Caixa Dois
Ainda de acordo com os delatores,
Paes e Pedro Paulo também receberam dinheiro de caixa dois para campanhas
eleitorais em 2010 e 2012. Ainda segundo os delatores, parte teria sido
recebida em contas no exterior.
Benedicto disse ainda que, em
2014, Pedro Paulo teria recebido R$ 300 mil, "de maneira oculta",
para a campanha à prefeitura, em 2016. Segundo o delator, o pedido intermediado
por Eduardo Paes e haveria registro no Sistema "Drousys" – o sistema
de controle de propinas da Odebrecht – de pagamentos a
“Nervosinho".
O que diz Eduardo Paes
Em nota, Eduardo Paes afirma que é
"absurda e mentirosa a acusação de que teria recebido vantagens indevidas
por obras relacionadas aos Jogos Olímpicos. Ele nega veementemente que tenha
aceitado propina para facilitar ou beneficiar os interesses da empresa
Odebrecht. E reitera que jamais aceitou qualquer contrapartida, de qualquer
natureza, pela realização de obras ou projetos conduzidos no seu governo. Paes
ressalta que nunca teve contas no exterior e que todos os recursos recebidos em
sua campanha de reeleição foram devidamente declarados à Justiça
Eleitoral."
Procurada, a assessoria de
imprensa do deputado federal Pedro Paulo ainda não se manifestou.
Por G1 Rio
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