Kim In Ryong, embaixador adjunto da Coreia do Norte na ONU,
diz que país está pronto para reagir 'a qualquer tipo de guerra'
dos EUA (Foto: SPENCER PLATT /
GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)
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A Coreia do Norte responderá a
"qualquer tipo de guerra" que os Estados Unidos provocarem, declarou
nesta segunda-feira (17) o representante norte-coreano ante a ONU, após a
advertência do vice-presidente americano Mike Pence para que Pyongyang não coloque
à prova a "determinação" de Washington.
"Se os Estados Unidos se
atreverem a recorrer a uma opção militar (...) a RPDK (República Popular
Democrática da Coreia) está pronta para reagir a qualquer tipo de guerra que os
Estados Unidos desejarem", declarou o embaixador adjunto Kim In Ryong em
uma coletiva de imprensa.
"Teremos a mais dura reação
contra os provocadores", acrescentou.
A declaração acontece depois que o
vice-presidente americano Mike Pence advertiu Pyongyang que não
ponha à prova a determinação de Washington, depois de um novo teste de míssil
da Coreia do Norte. Pence fez a declaração durante uma visita a Coreia do Sul.
O vice-presidente dos EUA, Mike
Pence, posa ao lado do porta-voz da Assembleia sul-coreana Chung Sye-kyun
(Foto: Lee Jin-man/AP)
Apesar das pressões
internacionais, a Coreia do Norte tentou
no domingo sem êxito lançar um novo míssil e teme-se que o país
esteja se preparando para realizar um sexto teste nuclear.
Kim disse que Pyongyang tomou
medidas de legítima defesa em resposta às ameaças de ações militares dos
Estados Unidos, que refletem sua determinação para "responder com mísseis
nucleares e ICBM", em referência aos mísseis balísticos intercontinentais.
Tensões
O programa nuclear da
norte-coreano provoca tensão com os seus vizinhos e com os EUA. Há uma semana
Washington anunciou o envio de um grupo aeronaval americano, incluindo o
porta-aviões 'USS Carl Vinson', para a península da Coreia.
A Coreia do Norte, por sua vez,
denunciou o que chamou de envio "insensato" da Marinha americana e
advertiu que Pyongyang está preparado para responder com "a poderosa força
das armas" em caso de provocação.
O presidente chinês, Xi Jinping,
defendeu na semana passada uma solução pacífica para a crise, durante uma
conversa por telefone com seu homólogo americano, Donald Trump, que havia dito
que estava decidido a resolver a questão norte-coreana com ou sem a ajuda da
China.
A China, considerada única aliada
da Coreia do Norte, advertiu que um "conflito poderia eclodir a qualquer
momento" e reiterou que o "diálogo é a única saída".
E, durante uma conversa
telefônica, o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi afirmou ao seu
colega russo Serguei Lavrov, que a China quer cooperar com a Rússia para
"apaziguar" o mais rápido possível a tensão em torno da Coreia do
Norte.
Pyongyang tem sido alvo de várias
resoluções da ONU que procuram impedir o país de adquirir tecnologia nuclear e
balística.
O país asiático, que já realizou 5
testes nucleares nos últimos meses, quer desenvolver um míssil intercontinental
capaz de atingir os EUA, o que, de acordo com Trump, "não vai
acontecer".
Por G1
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