Goleiro
Bruno sai da Apac ao lado da mulher e do advogado.
(Foto: Flávio
Tavares/Hoje Em Dia/Estadão Conteúdo/Divulgação)
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Segundo advogado, endereço do
goleiro pode mudar caso ele assine contrato com algum dos nove clubes que lhe
fizeram proposta.
O goleiro Bruno Fernandes chegou
ao Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (3) e foi para a casa de sua
mulher, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, de acordo com informações
de sua defesa, que não informou o horário ou o aeroporto pelo qual o ex-jogador
desembarcou.
Segundo o advogado Lúcio Adolfo,
Bruno também pretende fazer um exame de DNA antes de uma possível aproximação
com Bruninho, cuja paternidade foi atribuída ao jogador pela Justiça em 2012.
Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro
e cárcere privado da ex-namorada Eliza Samudio, mãe de Bruninho.
Bruno foi beneficiado por um
habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF, depois de
ficar preso desde agosto 2010 no presídio de Água Santa, em Minas Gerais. Na
quinta (2) ele esteve no Fórum de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo
Horizonte, para comunicar à Vara de Execuções Criminais um endereço na capital
mineira, conforme determinava a decisão de soltura do Supremo Tribunal Federal
(STF), que concedeu a liberdade ao ex-jogador.
Bruno deixou a Associação de
Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Santa Luzia, no dia 24 de
fevereiro, após ficar seis anos e meio preso.
O crime ocorreu em 2010, ano em
que o goleiro foi preso, e o julgamento, em 2013. A defesa dele queria a
anulação do júri, mas o recurso ainda não foi analisado pelo Tribunal de
Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Segundo o advogado Lúcio Adolfo
informou ao G1 Minas Gerais, o goleiro tem propostas de trabalho de nove clubes
em várias cidades, sendo três do Rio de Janeiro, dois de São Paulo, um de
Brasília e três de Minas Gerais. Ainda segundo Adolfo, dois destes times
disputam a Série A do Campeonato Brasileiro.
A expectativa do defensor de Bruno
é que ele assine já um contrato com algum desses clubes em entre oito e dez
dias.
Condenação
Bruno foi condenado a 17 anos e 6
meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo
torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3
anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais
1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro
foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
Eliza desapareceu em 2010 e seu
corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do
goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo
e não reconhecia a paternidade.
Por G1 Rio
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