Sede da
Prefeitura do Rio, onde funciona a Previ-Rio
(Foto: Reprodução/ Google Street
View)
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Benefícios para educação e
saúde não estariam sendo pagos desde o início do ano. Sindicato dos servidores
municipais diz que cortes em auxílios vêm sendo feitos desde o ano passado.
A gerente de marketing Cristina
Reinsperger, viúva de um funcionário público da prefeitura do Rio de Janeiro,
sofre com a falta de pagamento de um auxílio-educação usado para pagar a
faculdade da filha, que está no último ano do curso de biomedicina. Desde
janeiro, a bolsa que recebe do Instituto de Previdência e Assistência do
Município do Rio (Previ-Rio) e que paga a faculdade da jovem não é depositada.
Ela já deixou de pagar contas para
quitar as mensalidades e teme que a falta de pagamento prejudique a formatura
da jovem, que tem bolsa parcial na faculdade por ter conseguido boa colocação
no vestibular.
“Minha filha tem um ano para se
formar. Se eu trancar a matricula, ela perde o benefício e todo o tempo de
estudo. Eu estou me virando e pagando, mas tem muita gente que não tem como
pagar”, explicou Cristina.
Em março, a jovem foi fazer o
recadastramento na Previ-Rio e levou comprovantes de matrícula na instituição
de ensino e de bom desempenho escolar. Mesmo assim não obteve nenhuma resposta
sobre quando serão pagos os benefícios atrasados. A mensalidade do curso custa
mais de R$ 900.
O problema se estende a vários
outros servidores da prefeitura, segundo o diretor jurídico do Sindicato dos
Servidores Públicos do Município do Rio de Janeiro (Sisep-Rio), Frederico
Sanches. O problema afeta auxílio-educação, auxílio-creche, salários
complementares e ajuda para pagamento de medicamento. De acordo com ele, os
cortes acontecem há algum tempo.
“A nova gestão municipal deu
continuidade aos cortes. A desculpa é que [o Previ-Rio] não tinha presidente
nomeado, mas é um absurdo as pessoas esperarem mais de dois meses para
receberem seus benefícios”, afirmou Sanches.
O instituto não está mais acéfalo
desde o último dia 23, quando foi publicado no Diário Oficial do município o
decreto que nomeou o ex-deputado e engenheiro Luiz Alfredo Salomão para a
presidência do Previ-Rio. Salmoão assumiu o caro na na quarta-feira (1º).
O sindicalista informou ainda que
o Sisep-Rio planeja entrar com uma ação contra a prefeitura. “O nosso
descontentamento é a desorganização prejudicando os servidores, que são a parte
mais fraca”, explicou o diretor.
O problema da falta de pagamento
dos benefícios já tinha sido mostrado pelo RJTV do dia 23 de fevereiro (veja
o vídeo).
Servidores da prefeitura do Rio
reclamam que não estão recebendo benefícios
O Sisep-Rio questiona ainda o
Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) do Rio, que atesta que a
cidade segue normas de boa gestão, de forma a assegurar o pagamento dos benefícios
previdenciários aos segurados. Para o sindicato, falta transparência no
Previ-Rio.
De acordo com o Ministério da
Previdência, a cidade do Rio possui a certificação, válida até o dia 8 de
julho. Mas que o certificado foi obtido por meio de uma decisão judicial no dia
9 de janeiro.
Procurada pelo G1, o Previ-Rio informou que o
problema é decorrente da burocracia que envolve a abertura de orçamento - o que
ainda não aconteceu. O órgão, porém, informa ainda que todos os benefícios
devidos serão pagos e nega qualquer possibilidade de corte.
G1 Rio
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