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Reuters
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Marcelo Odebrecht, herdeiro e
ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, apresentou ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) documentos que apontam o detalhamento da suposta movimentação
da conta-corrente do Setor de Operações Estruturadas – o departamento da
propina – realizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A informação consta de trechos das
declarações divulgadas nesta quinta-feira, 23, pelo site O Antagonista. Entre
os documentos está uma curta planilha em que aparece o codinome “Amigo”, que
seria uma referência a Lula.
A lista revela que, em 22 de
outubro de 2013, o saldo de “Amigo” era de R$ 15 milhões. Já em 31 de março de
2014, o valor passou para R$ 10 milhões – não foi explicado o que foi feito com
R$ 5 milhões.
Ao falar sobre o gerenciamento da
conta com recursos repassados para as campanhas de Lula e da presidente cassada
Dilma Rousseff, Marcelo afirmou que foi o ex-presidente quem indicou o
ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci para ser o administrador da
conta-corrente irrigada por recursos de caixa 2. “Eu falei com ela (Dilma)...
Olha, presidente, em 2010, 2009, em 2010, eu falei: presidente, tudo eu estou
tratando com o Palocci, era o meu combinado com o Lula, tá ok? Ela falou: Tá
ok”, disse o delator.
A assessoria de imprensa do
Instituto Lula, por meio de nota, afirmou que não foi encontrado nenhum recurso
indevido para o ex-presidente. “Lula jamais solicitou qualquer recurso indevido
para a Odebrecht ou qualquer outra empresa para qualquer fim e isso será
provado na Justiça.”
“Lula não tem nenhuma relação com
qualquer planilha na qual outros se referem a ele como ‘Amigo’.” O instituto
disse que “não cabe comentar depoimento sob sigilo de Justiça vazado
seletivamente e de forma ilegal.”
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