Ex-governador do RJ está preso por
suspeita de receber valores ilegais. Andrade Gutierrez pagou R$ 2,7 milhões ao político, segundo o MPF.
O executivo Clóvis Renato Primo,
ligado à construtora Andrade Gutierrez, reafirmou nesta terça-feira (7), em
depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que o ex-governador do Rio de Janeiro
Sérgio Cabral pediu propina a outro ex-executivo da empresa, dentro do Palácio
Guanabara, sede do governo fluminense.
Primo prestou depoimento em um
processo no qual Cabral e a mulher, Adriana Ancelmo, são réus na Justiça
Federal, em Curitiba. O ex-governador é acusado de receber R$ 2,7 milhões em
propina da Andrade Gutierrez, referentes às obras de terraplanagem do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras.
Segundo Primo, o
ex-presidente da construtora, Rogério Nora, foi quem participou da reunião.
"Começou a obra, e, no decorrer dela, houve uma reunião. O meu chefe, na
época, era o Rogério, foi chamado pra ter uma contribuição", disse.
Questionado pelo Ministério
Público Federal (MPF), Primo confirmou que o governador participou da reuinião.
MPF -: Reunião com quem?
Clóvis Primo - Com o governador do Rio.
MPF - Quem?
Clóvis Primo - Sérgio Cabral. E o Rogério foi nessa reunião e voltou dizendo que tinha que ter lá uma contribuição de 1% no valor de nosso contrato.
MPF - Essa contribuição significa...
Clóvis Primo - Uma propina de 1% no contrato.
MPF - E essa reunião foi onde? Você sabe dizer?
Clóvis Primo - Que eu me lembre, foi no governo mesmo, no Palácio lá.
Clóvis Primo - Com o governador do Rio.
MPF - Quem?
Clóvis Primo - Sérgio Cabral. E o Rogério foi nessa reunião e voltou dizendo que tinha que ter lá uma contribuição de 1% no valor de nosso contrato.
MPF - Essa contribuição significa...
Clóvis Primo - Uma propina de 1% no contrato.
MPF - E essa reunião foi onde? Você sabe dizer?
Clóvis Primo - Que eu me lembre, foi no governo mesmo, no Palácio lá.
Rogério Nora também é delator e
prestou depoimento nesta terça-feira. Ele confirmou o pedido de propina dentro
do Palácio Guanabara.
A defesa de Sérgio Cabral não foi
encontrada para confirmar as declarações dos dois delatores.
Do G1 PR
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