Kim Jong-Nam (TOSHIFUMI
KITAMURA/AFP)
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Serviço
secreto da Coreia do Sul afirmou nesta segunda-feira que oficiais
norte-coreanos arquitetaram morte de meio-irmão do ditador da Coreia do Norte
A agência de
inteligência da Coreia do Sul afirmou nesta segunda-feira acreditar que
autoridades ligadas a dois ministérios da Coreia do Norte planejaram a morte de
Kim Jong-nam. Em um discurso transmitido pela televisão, o parlamentar Kim
Byung-kee afirmou que oficiais dos ministérios de relações exteriores e
segurança nacional recrutaram as mulheres indonésias envolvidas no assassinato
do meio-irmão do ditador da Coreia do Norte, que morreu devido ao VX, um
potente agente nervoso, considerado pela Organização Mundial das Nações Unidas
(ONU), uma arma de destruição em massa.
“O
assassinato de Kim Jong-Nam foi um ato de terror sistemático ordenado por Kim
Jong-Un. A operação foi conduzida por dois grupos responsáveis pelo assassinato
e um outro de suporte”, afirmou em seu discurso Kim Byung-kee, que recebeu as
informações do serviço secreto sul-coreano, segundo a CNN.
De acordo
com informações dadas a jornalistas, entre os suspeitos de planejar a morte de
Kim Jong-nam, seis são ligados a ministérios da Coreia do Norte. “Entre os oito
suspeitos no caso, quatro são do ministério de segurança nacional e dois, que
agiram diretamente, são do ministério de relações exteriores”, disse o
parlamentar Lee Cheol-woo a repórteres, segundo a Reuters.
Segundo
resultados da autópsia feitos pela Malásia, Kim Jong-Nam sofreu paralisia
provocada pelo VX e morreu cerca de vinte minutos depois de ser atacado no
aeroporto de Kuala Lumpur, em 13 de fevereiro.
Duas
mulheres, uma indonésia e uma vietnamita, que teriam jogado a substância em Kim
Jong-Nam foram detidas, assim como um norte-coreano. A polícia da Malásia
também quer interrogar outros sete norte-coreanos, incluindo um diplomata da
embaixada da Coreia do Norte em Kuala Lumpur, mas quatro deles fugiram da
Malásia no dia do assassinato.
Nas imagens
das câmeras de segurança do aeroporto é possível observar duas mulheres que se
aproximam de Kim Jong-nam pelas costas. Uma delas joga algo no rosto da vítima.
As duas
detidas alegam que foram enganadas – a Indonésia disse ter recebido o
equivalente a 280 reais para participar de uma “pegadinha” para um programa de
TV – e que não sabiam o que faziam. Depois do assassinato uma das suspeitas
ficou doente, com episódios de vômito, informou a polícia.
O VX é uma
versão mais letal do gás sarin, extremamente tóxico. Os agentes nervosos agem
com o estímulo excessivo das glândulas e dos músculos, o que cansa rapidamente
as vítimas e ataca a respiração. De acordo com o ministro da Saúde, as causas
da morte estão agora “mais ou menos confirmadas”.
Durante a
madrugada de domingo, as equipes de defesa civil da Malásia, com trajes de
proteção, rastrearam minuciosamente o local do crime, não encontraram nada e
declararam que o aeroporto é uma área segura.
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