O porta-voz
da Casa Branca, Sean Spicer, durante coletiva
de imprensa na terça-feira (14) (Foto:
Reuters/Kevin Lamarque)
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Porta-voz da Casa Branca fez
reunião com funcionários da residência presidencial e verificou seus celulares
para garantir que eles não estavam vazando informações confidenciais.
O porta-voz da Casa Branca, Sean
Spicer, ordenou na semana passada que os telefones celulares de funcionários da
residência presidencial dos Estados Unidos fossem revisados para evitar
vazamentos, informaram vários veículos de imprensa locais no último fim de
semana.
Segundo a emissora
"CNN", Spicer convocou os funcionários em seu escritório para
transmitir sua frustração pelos vazamentos que aconteceram desde que o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou ao poder em 20 de janeiro.
Os funcionários foram convocados
para uma "reunião de emergência", garantiram ao jornal
"Politico" fontes presentes na sala, que detalharam que tiveram que
deixar seus aparelhos em uma mesa para uma "revisão".
O porta-voz advertiu os presentes
de que o uso de aplicativos de texto codificado, como Signal e Confide,
representa uma violação da lei, de acordo com a "CNN", que mencionou
"fontes com conhecimento do assunto".
Depois, Spicer, acompanhado do
advogado da Casa Branca Don McGahn, pediu aos empregados que apresentassem seus
telefones para comprovar que não utilizavam os aplicativos mencionados, nem
estavam em contato com jornalistas de maneira privada.
O porta-voz não só exigiu os
telefones de trabalho, mas também os pessoais.
De acordo com a emissora "Fox
News", que citou como fonte dois funcionários do governo, "cerca de
24 funcionários" receberam o aviso de Spicer para entregar seus telefones.
'Guerra aos vazamentos'
A revisão foi paradoxalmente
vazada para a imprensa depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, declarou no último dia 16 uma guerra aos vazamentos de informação sobre
seu governo, que se multiplicaram nas últimas semanas.
Trump garantiu então que tinha
encarregado uma investigação desses atos "criminosos" e que os
autores pagariam "um preço alto".
"Vamos encontrar os
responsáveis pelos vazamentos e eles vão pagar um preço alto por terem
divulgado" informação, afirmou Trump durante uma reunião com membros do
Congresso na Casa Branca.
Depois, em entrevista coletiva, o
presidente anunciou que havia "pedido ao Departamento de Justiça que
examinasse" a proliferação de "vazamentos criminosos" sobre
informações de seu governo que aparecem nos veículos de imprensa graças a
fontes anônimas.
Entre os vazamentos que causaram a
indignação de Trump está o que revelou que seu ex-assessor de segurança
nacional, Michael Flynn, tinha conversado com a Rússia sobre as sanções
impostas a esse país, algo que motivou a renúncia desse alto funcionário.
Desde a campanha eleitoral do ano
passado, Trump não deixou de atacar os grandes meios de comunicação que
publicam alguma notícia incômoda para ele, até o ponto de chamá-los de
"desonestos", "inimigos do povo" e difusores de
"notícias falsas".
Por Agencia EFE
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