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Felipe Dytz da Cunha, filho do
ex-deputado
Eduardo Cunha
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Preso há
dois dias na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, o deputado cassado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) demonstrou preocupação com o recente envolvimento do
nome de seu filho, Felipe Dytz da Cunha, no processo do qual é alvo. Felipe é o
único homem entre os quatro filhos do peemedebista.
Ao pedir a
prisão do ex-presidente da Câmara, a força-tarefa da Operação Lava Jato apontou
que empresas ligadas ao empresário Henrique Constantino, um dos herdeiros da
Gol Linhas Aéreas, teriam pago propinas ao peemedebista por meio de
transferências à empresa Jesus.com – de Cunha e da jornalista Cláudia Cruz, sua
mulher – e à GDAV, de Felipe e Danielle Dytz da Cunha, filha mais velha do
ex-deputado.
Ao todo,
foram identificados aportes para a Jesus.com que somam 3,5 milhões de reais (em
2012) e 1 milhão de reais para a GDAV (em 2015). A Procuradoria apura se as
empresas de transporte de Constantino teriam pago valores ilícitos para se
beneficiar de medidas de Cunha na Câmara.
Em nota, a
Gol disse estar colaborando e que abriu uma apuração interna. Segundo fontes,
Cunha se desesperou ao ser informado que o embasamento do pedido de prisão
mencionava Felipe, o “xodó” do ex-deputado.
Felipe,
Danielle e Camila são filhos do primeiro casamento de Cunha. Bárbara é a quarta
filha do peemedebista, fruto da união com Cláudia Cruz. A jornalista também é
mãe de Gabriela Amorim, tratada como filha por Cunha.
Delação
– Na Câmara, parlamentares acreditam que
a prisão da mulher ou dos filhos de Cunha poderia acelerar a negociação para
uma delação premiada. No entanto, fontes próximas ao peemedebista concluem que
a decisão de colaborar com as investigações já foi tomada, uma vez que Cunha
contratou o advogado Marlus Arns, que atuou em acordos de delação premiada de
empresários alvo da Lava Jato.
Na manhã de
ontem, Cláudia visitou o marido pela primeira vez na prisão. Acompanhada de um
advogado, a jornalista não deu declarações. As visitas aos presos geralmente
ocorrem às quartas-feiras, mas os advogados de Cunha fizeram um apelo junto à
Superintendência da PF em Curitiba para permitir o encontro fora da
programação.
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