Vice-ministro elogia postura de Trump e critica plano
paralelo de aliados de Kiev após nova rodada de conversas na Flórida terminar
sem avanços significativos
A Rússia declarou,
nesta segunda-feira (22), que as negociações com os Estados Unidos para
pôr fim à guerra na Ucrânia têm
apresentado “avanços lentos” e denunciou as “tentativas maliciosas” de alguns
países para sabotar as conversas. “Observa-se avanços lentos, acompanhados
por tentativas extremamente prejudiciais e maliciosas por parte de um influente
grupo de Estados que buscam prejudicar esses esforços e sabotar o processo
diplomático”, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia,
Serguei Riabkov, citado por agências de notícias russas.
Riabkov elogiou a intenção do presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump,
de “desenvolver soluções que abordem as causas profundas do conflito e que
sejam duradouras”. No entanto, também criticou a postura dos países
europeus em relação ao plano de Washington, apresentado há quase um mês e que
desde então tem sido objeto de negociações.
Um acordo russo-americano sobre a Ucrânia “é o que nossos
adversários em Bruxelas e em diversas capitais europeias tanto temem, e em seus
piores pesadelos, eles só podem imaginar os resultados pelos quais estamos
trabalhando”, declarou Riabkov. “Continuaremos avançando nessa direção sem
vacilar em nossos esforços”, acrescentou.
Novas negociações sobre o plano dos EUA foram realizadas
neste fim de semana em Miami, com reuniões separadas entre o governo Trump e
enviados russos e ucranianos.
Embora esta última rodada de negociações não tenha produzido
nenhum progresso significativo, as partes expressaram otimismo. Estados Unidos
e Ucrânia descreveram as conversas como “produtivas e construtivas”.
O plano de 28 pontos apresentado pelos Estados Unidos no mês
passado foi criticado por ser muito favorável à Rússia. Desde então, ele foi
alterado após conversas com a Ucrânia e países europeus, mas o conteúdo da
proposta não foi divulgado.
A Ucrânia alega que ainda lhe pedem concessões
significativas, como ceder toda a região leste do Donbass à Rússia.
Os europeus, aliados de Kiev, apresentaram uma proposta
paralela que envolvia o envio de uma força multinacional à Ucrânia, garantias
semelhantes às do Artigo 5 do Tratado da Otan para Kiev e um exército ucraniano
de 800.000 soldados.
Todos esses elementos são considerados inaceitáveis por
Moscou e já foram rejeitados no passado.
Com informações
da AFP

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