Malafaia defende Sóstenes de ação da PF e desafia Moraes:
'Pode mandar prender'. ARTHUR LAMONIER/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO E KAYO
MAGALHÃES/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Pastor classifica investigação sobre desvio de cota parlamentar como ‘armação’ política e critica STF
O pastor Silas Malafaia saiu
em defesa do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ),
alvo de uma operação da Polícia Federal que
apura suspeitas de desvios na cota parlamentar. Em vídeos publicados nas redes
sociais nesta sexta-feira (19), Malafaia afirmou que a investigação teria
motivação política e classificou a ação como perseguição à atuação do
parlamentar no Congresso.
“Tudo armação para denegrir. Perseguição implacável à
direita. Querem calar todos que se levantam contra Lula, Alexandre de Moraes ou
o Supremo Tribunal Federal”, disse o pastor em um vídeo divulgado em seu perfil
no X (veja mais abaixo).
Afilhado político de Malafaia, Sóstenes foi elogiado pelo
pastor, que avaliou como correta a postura do deputado diante da investigação.
“É assim que se faz, Sóstenes. Quem não deve, não teme. Vem a público e bota
para quebrar. Quem se cala é essa esquerda corrupta que foge”, afirmou.
No mesmo pronunciamento, Malafaia cobrou apurações contra
aliados do governo federal e citou casos envolvendo o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS),
familiares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a
esposa do ministro Alexandre
de Moraes por seu contrato milionário com o Banco Master. Segundo
ele, haveria tratamento desigual por parte das autoridades. “Com os outros
arrebentam. Com outros, protegem”, disse, ao criticar decisões do Supremo.
Ainda nas redes sociais, o pastor elevou o tom e provocou o
ministro Alexandre de Moraes. “Quer me prender? A perseguição que você faz para
me calar, para me intimidar, eu não tenho medo disso. Pode mandar me prender.
Eu temo a Deus”, declarou.
A Polícia Federal afirma que agentes públicos, servidores
comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para desviar e
ocultar recursos públicos da cota parlamentar. Segundo a investigação, o
esquema envolvia pagamentos a uma locadora de veículos que, para os
investigadores, funcionaria como empresa de fachada para a devolução de
dinheiro ao gabinete
Durante a operação, a PF apreendeu R$ 430 mil em espécie em
um endereço ligado ao deputado Sóstenes Cavalcante, em Brasília. O parlamentar
afirmou que o valor é lícito e teria origem na venda de um imóvel.
Sóstenes também negou irregularidades na contratação da
empresa de locação de veículos que presta serviços ao seu gabinete, um dos
principais focos da apuração.
As investigações apontam ainda que um assessor ligado ao
deputado movimentou R$ 11 milhões em débitos e R$ 11 milhões em créditos,
valores considerados incompatíveis com sua renda. De acordo com a PF, ele seria
um dos responsáveis por operacionalizar os desvios da cota parlamentar.

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