Marinha resgata barco à deriva em São João da Barra; tripulante pula no mar e recusa socorro

Embarcação à deriva em São João da Barra; tripulante se recusou 

a ser socorrido e pulou no mar — Foto: Parahybano

Embarcação saiu do Espírito Santo e teve pane elétrica perto do Porto do Açu; operação envolveu Força Aérea Brasileira e Bombeiros.

A Marinha do Brasil resgatou nesta semana uma embarcação pesqueira que ficou à deriva em São João da Barra, no Norte Fluminense, após uma pane elétrica que paralisou os motores. O barco, com dois tripulantes, havia saído de Piúma–ES e foi localizado nas proximidades do Porto do Açu. Durante o resgate, um dos homens se recusou a ser socorrido e pulou no mar.

Segundo a Marinha, as equipes foram acionadas na noite de domingo (5) e mobilizaram a Agência da Capitania dos Portos em São João da Barra, além de uma equipe de busca e salvamento. Um navio offshore que estava próximo foi chamado para prestar o primeiro apoio.

A embarcação chegou a ser rebocada, mas durante o trajeto, o comandante soltou os cabos de amarração e se afastou do navio de apoio, recusando o resgate. Na manhã seguinte, um novo pedido de socorro foi feito pelo mesmo barco, ainda à deriva no entorno do Porto do Açu.

A operação foi retomada com o apoio do Navio-Patrulha Oceânico “APA”, que partiu do Rio de Janeiro, e uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). O Corpo de Bombeiros também participou da ação.

O barco foi localizado novamente e o resgate iniciado. No entanto, um dos tripulantes voltou a se recusar a receber ajuda e pulou no mar, nadando até a praia mais próxima. O outro foi resgatado, medicado e não sofreu ferimentos graves.

Durante a operação, a embarcação começou a naufragar após entrada de grande volume de água. O barco foi rebocado para Gargaú, em São Francisco de Itabapoana. A Marinha informou que não houve indícios de poluição hídrica.

Em nota, o Porto do Açu esclareceu que a embarcação estava fora da área de monitoramento do Complexo Portuário, e que a ocorrência ficou sob responsabilidade da Marinha.

Um inquérito administrativo foi instaurado para apurar as causas do incidente, as circunstâncias e eventuais responsabilidades.

Por Yasmim Lima, g1 — São João da Barra

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