Após críticas de Cláudio Castro, conselheiro do TCE muda voto e libera licitação bilionária da Cedae | Rio das Ostras Jornal

Após críticas de Cláudio Castro, conselheiro do TCE muda voto e libera licitação bilionária da Cedae

Maior estação de tratamento de água do mundo, a ETA Guandu está 
entre os ativos da Cedae — Foto: Divulgação/Cedae

Suspensão havia sido determinada por falta de detalhamento na formação de preços. Obra da estação Guandu 2 está orçada em R$ 1,7 bilhão.

Após críticas de Cláudio Castro, conselheiro do TCE muda voto e libera licitação bilionária da Cedae

Um mês após suspender a licitação da estação de tratamento Guandu 2, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Christiano Lacerda Ghuerren, reviu sua decisão e autorizou a retomada do processo.

A mudança de posicionamento ocorreu após duras críticas públicas do governador Cláudio Castro (PL) à suspensão, que envolvia um contrato de R$ 1,7 bilhão.

Na época, Castro chegou a sugerir que o conselheiro tivesse o fornecimento de água cortado como forma de retaliação.

"O certo era ir na casa desse cidadão e cortar a água dele, pra ele ver o que é bom não ter água em casa", disse o governador em agosto, em vídeo que circulou nas redes sociais.

A declaração provocou forte reação institucional. Todos os conselheiros do TCE saíram em defesa de Ghuerren, e a corte divulgou nota de repúdio afirmando que a suspensão cautelar foi baseada em achados técnicos, como a ausência de um demonstrativo claro da formação de preços — especialmente em itens que somavam R$ 861 milhões.

A Associação Nacional dos Membros dos Tribunais de Contas (Atricon), classificou os ataques como “escalada autoritária” e “expressões chulas e ofensivas”.

Novo voto

Em seu novo voto, o conselheiro Ghuerren afirmou que os esclarecimentos prestados pela Cedae, especialmente pelo diretor jurídico da companhia, Diogo Mentor, foram suficientes para revogar a tutela provisória.

Ele recomendou que, em futuras licitações, haja mais transparência e detalhamento na composição de preços de itens com alto impacto orçamentário.

A Cedae alegou que não conseguiu obter cotações individualizadas para todos os itens e que optou por orçamentos fechados por blocos, após extensivas diligências no mercado.

Questionado pelo RJ2, o TCE-RJ não se posicionou oficialmente sobre o novo voto do conselheiro.

Por André Coelho Costa, Gabriel Barreira, RJ2

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