“Eu acho que precisa de uma reforma grande. Uma boa já seria, provavelmente a mais fácil, congelar o salário mínimo em termos reais. Seis anos congelados já ajudaria”, declarou 1 Fraga, que presidiu o BC entre 1999 e 2003. O salário mínimo é utilizado como referência para o piso de aposentadorias e outros benefícios sociais, como o abono salarial, o BPC e o Bolsa Família.
Segundo Fraga, a Previdência
Social, responsável pelo pagamento de aposentadorias e pensões, enfrenta um
desequilíbrio crescente, impulsionado pelo envelhecimento da população e pelas
regras atuais. Ele também apontou a necessidade de uma reforma na folha salarial
do Estado brasileiro, que inclui funcionários públicos dos três níveis de
governo.
“O Estado brasileiro precisa
passar por um processo de reforma, o RH do Estado brasileiro, radical. Tem
muita gente em funções de liderança […], em cargos mais elevados do Estado,
estão ganhando, em dólar, […] se ganhar US$ 50.000 [por ano] é muito. Gente que
corre um risco tremendo e trabalha feito um louco. Há um espaço enorme para não
só economizar, mas para melhorar”, afirmou o economista.
Fraga também criticou os gastos
tributários, que representam 7% do PIB, e defendeu a necessidade de aumentar os
investimentos públicos, que atualmente estão abaixo de 2% do PIB. Ele comparou
o atual marco fiscal a uma “Ferrari correndo a 300 km/h”, prevendo um impacto
negativo nas contas públicas.
Armínio Fraga, que declarou voto
em Lula no segundo turno das eleições de 2022 e discursou durante a leitura de
duas cartas em defesa da democracia, no dia 11 de agosto de 2022, foi
presidente do Banco Central durante o segundo mandato de Fernando Henrique
Cardoso e é considerado um nome importante da gestão tucana.
Gazeta Brasil
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