O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu insistiu, nesta terça-feira, que a retomada dos combates na Faixa de Gaza, ordenada nesta madrugada, é “apenas o começo” e lembrou ao povo israelense que “a pressão militar é essencial para a libertação de mais reféns”.
Em um discurso
televisionado após o primeiro dia de operações no enclave, após o cessar-fogo
acordado em 19 de janeiro, Netanyahu afirmou que “voltamos à luta com força” e
com o objetivo claro de erradicar os terroristas e resgatar os sequestrados.
“Hamas já sentiu a força de nossa mão nas
últimas 24 horas e quero prometer a vocês e a eles que isso é apenas o começo.
Israel lutará e Israel vencerá”, declarou, acrescentando que “a partir de
agora, as negociações só acontecerão sob fogo”.
Pouco antes, o
ministro da Defesa, Israel Katz, havia alertado o inimigo de que “as regras do
jogo mudaram” e reiterado que “não cessaremos a luta até que todos os
sequestrados retornem para casa e todas as ameaças aos residentes do Estado
judeu sejam eliminadas”.
Nesta madrugada,
em coordenação com os Estados Unidos, as Forças de Defesa de Israel retomaram
os ataques a alvos terroristas na Faixa de Gaza, após uma pausa de quase um
mês, depois de Netanyahu acusar o Hamas de não ter aceitado nenhuma das duas
propostas apresentadas pelo enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff,
para estender a primeira fase da trégua.
“Hamas rejeitou
todas as propostas”, enquanto Tel Aviv as acompanhava, afirmou o
primeiro-ministro, justificando assim as ações recentes que, segundo o
Ministério da Saúde palestino, deixaram mais de 400 mortos, entre eles o
primeiro-ministro de fato do enclave, Esam al Dalis; o diretor geral do
Ministério da Justiça, Ahmad al-Khatta; o responsável pelo Ministério do
Interior, Mahmoud Abu Watfa; e o chefe das forças de Segurança Interna, Bahjat
Abu Sultan.
“Se continuássemos esperando, a situação teria
ficado estagnada. Enquanto não usávamos a força, nada acontecia”, apontou o ministro
das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar.
Apesar dessa
denúncia, o grupo terrorista afirmou que “não rejeitou (a proposta de Witkoff),
mas negociou de forma positiva” e acrescentou que segue em contato com os
mediadores do Egito e do Catar para alcançar um novo acordo.
“O movimento está em contato constante com os
mediadores e trata de forma responsável e positiva tudo o que propõe para deter
a agressão e levantar o cerco”, disse o porta-voz do Hamas, Abdul Latif
Al-Qanou, que também acusou o governo israelense de retomar a guerra por
questões políticas internas.
Em meio a esses
cruzamentos, os hutis do Iémen manifestaram seu apoio ao Hamas e lançaram um
míssil hipersônico Palestine 2, que, no entanto, foi interceptado pelo sistema
de defesa antiaérea.
“A Força Aérea interceptou um míssil lançado
do Iémen, antes que cruzasse para Israel”, indicou o Exército, logo após as
sirenes serem ativadas no centro e no sul da região de Negev.
Com informações
da AFP e EFE
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