O Exército de Israel realizou neste sábado (22) uma série de bombardeios contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano. A ofensiva ocorreu após ordem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para atacar “dezenas de alvos terroristas” em resposta ao lançamento de três foguetes contra território israelense.
Segundo um comunicado militar,
Netanyahu e o ministro da Defesa, Israel Katz, instruíram as forças armadas a
“agirem com contundência” contra posições do grupo libanês.
A Força Interina das Nações
Unidas no Líbano (Unifil) expressou preocupação com a possibilidade de uma
escalada no conflito e pediu que as partes envolvidas evitem comprometer a
“frágil estabilidade” na região. “Qualquer nova escalada pode ter consequências
graves”, alertou a ONU.
Resposta israelense e contexto do
ataque
Mais cedo, Katz já havia
declarado que Israel responderia ao lançamento dos três foguetes, que tiveram
como alvo a cidade israelense de Metula. Os projéteis foram interceptados pela
defesa aérea israelense e não causaram vítimas, de acordo com as Forças de
Defesa de Israel (FDI) e a agência estatal libanesa NNA.
“Não podemos permitir que
foguetes sejam disparados contra as comunidades da Galileia. O governo libanês
é responsável pelos ataques provenientes de seu território. Ordenei ao Exército
que responda adequadamente”, afirmou Katz.
A retaliação militar israelense
incluiu ataques de artilharia contra Khiam e outras áreas do sul do Líbano.
Segundo a NNA, caças israelenses sobrevoaram a região leste do país, enquanto tropas
terrestres dispararam armas automáticas contra as colinas de Hamames.
Ainda de acordo com a agência,
Israel lançou projéteis de tanques Merkava contra a cidade de Jiam, no distrito
de Nabatiyeh, além de abrir fogo contra Hula, Markaba e Kfar Kila, todas
localizadas próximas à fronteira. Até o momento, não há registros de vítimas.
Tensão entre Israel e Hezbollah
O ataque deste sábado marca a
primeira ação transfronteiriça desde dezembro e ocorre após uma trégua firmada
em 27 de novembro entre Israel e Hezbollah. O cessar-fogo havia encerrado dois
meses de confrontos iniciados em outubro de 2023, quando o grupo libanês abriu
uma frente de conflito em solidariedade ao Hamas durante a guerra na Faixa de
Gaza.
O chefe do Estado-Maior do
Exército de Israel, Eyal Zamir, reforçou que as forças armadas agirão “com
severidade” diante de qualquer ataque a partir do Líbano. Ele também destacou
que o governo libanês tem a responsabilidade de garantir o cumprimento do
cessar-fogo.
Apesar do acordo firmado no ano
passado, Israel manteve cinco postos militares no sul do Líbano, alegando que
as milícias do Hezbollah continuam operando na região.
Neste sábado, o primeiro-ministro
libanês alertou para o risco de uma “nova guerra” diante da escalada da
violência, enquanto a autoria dos disparos de foguetes contra Israel ainda não
foi reivindicada.
Gazeta Brasil
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