Sentir na pele a falta de empatia e cidadania não é fácil!
Por Angel Morote
Mais uma vez, somos desrespeitados e constrangidos por alguns motoristas do transporte alternativo de Rio das Ostras. Recentemente, uma senhora idosa de 73 anos e seu netinho autista passaram por uma situação constrangedora ao utilizar esse serviço.
Não é obrigatório ou necessário perguntar ao motorista se pode ou não levar gratuidade, pois é um direito garantido por lei. Não podemos ser desrespeitados por aqueles que deveriam prestar um serviço público de qualidade. Embora não sejam todos, alguns motoristas constrangem os passageiros diante dos demais, exigindo o pagamento indevido das passagens.
Casos como esse vêm se tornando frequentes entre os usuários que dependem do transporte coletivo na cidade, sobretudo idosos e pessoas com deficiência, que deveriam ter seus direitos respeitados. A falta de empatia de alguns motoristas prejudica a imagem da categoria e reforça a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa.
A ausência de informação prévia sobre as duas passagens gratuitas faz com que os passageiros se sintam humilhados ao questionar se podem ou não utilizar o transporte sem custo. Diante dessas irregularidades, é fundamental que a Secretaria de Transportes Públicos, Acessibilidade e Mobilidade Urbana (SECTRAN) e o Subsistema de Transporte Urbano (SSTU) intensifiquem a fiscalização do serviço. Operações periódicas em pontos estratégicos podem ajudar a coibir abusos e garantir mais conforto e respeito aos passageiros, especialmente aqueles que possuem gratuidade garantida por lei.
Vale lembrar a época, no final dos anos 1980, quando surgiu o transporte alternativo por meio de kombis conduzidas por motoristas riostrenses. O serviço surgiu como resposta ao péssimo atendimento da empresa Macaense, cujo itinerário Barra de São João x Macaé contava com ônibus obsoletos e superlotados. Naquele tempo, eu trabalhava em uma empresa marítima em Macaé e precisava me deslocar cedo para trabalhar. Por isso, apoiamos o transporte alternativo, organizando um abaixo-assinado para que as kombis pudessem operar oficialmente na linha e facilitar a viagem dos usuários de Rio das Ostras. Na época, foi acordado com a prefeitura que as kombis concederiam duas gratuidades para idosos, deficientes ou estudantes da rede municipal.
É evidente que o tempo passa e precisamos nos adequar à nova realidade. Hoje, é necessária uma reestruturação do transporte, além de medidas que assegurem os direitos dos passageiros com gratuidade. Entre as providências que o SECTRAN deve tomar, está a exigência de que todos os motoristas do transporte municipal – titulares e suplentes – disponibilizem em local visível seus dados, como nome, número de registro de concessão e placa do veículo, permitindo que os passageiros denunciem eventuais irregularidades.
Uma sugestão coerente para evitar constrangimentos, falta de empatia e desrespeito seria o município criar uma lei e enviá-la à Câmara Municipal para implementação do pagamento das passagens das vans por meio de um cartão, nos moldes do Riocard. Essa solução facilitaria o pagamento e garantiria a gratuidade para deficientes e seus acompanhantes, idosos e estudantes da rede municipal de ensino. O Cadastro Único (CadÚnico) poderia ser utilizado como fonte de informações para garantir esse benefício.
Caso os usuários se sintam lesados, é importante formalizar reclamações junto aos seguintes órgãos:
Sectran Direto:
E-mail: sectran.transportes@gmail.com
Telefones: (22) 2771-6039 / (22) 2771-3495
Sectran Ouvidoria:
E-mail: sectran.ouvidoria@gmail.com
Telefone: (22) 2771-2842 (segunda a sexta-feira, das 8h às 17h)
Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência – COMDEF/RO:
E-mail: comdefriodasostras1@gmail.com
Telefone: (22) 2771-8942
Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa – CMDPI:
E-mail: conselhodapessoaidosa.ro@gmail.com
Telefone: (22) 2771-8942
Nós, usuários, temos um papel fundamental na melhoria do transporte público no município. Denunciar práticas abusivas e exigir um atendimento digno e respeitoso para todos é essencial. Caso um passageiro seja desrespeitado ou constrangido, é recomendado anotar ou fotografar o número de matrícula do veículo e denunciar ao SECTRAN pelos canais disponíveis. Somente assim poderemos garantir um transporte mais justo e acessível para todos.
Vamos que vamos!
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