O ex-presidente, de 69 anos, e 33
colaboradores foram denunciados pela PGR por um suposto plano de golpe de
Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de
2022
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
denunciou, nesta quarta-feira (19), o “regime autoritário” que fabrica
“acusações vagas” para perseguir opositores, após ser denunciado como suposto
líder de um tentativa de golpe de Estado em 2022. “Todo regime autoritário, em
sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar
perseguições, censuras e prisões arbitrárias”, escreveu Bolsonaro na rede X, em
sua primeira reação após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na terça-feira à noite.
“A cartilha é
conhecida: fabricam acusações vagas, se dizem preocupados com a democracia ou
com a soberania, e perseguem opositores, silenciam vozes dissidentes e
concentram poder”, continuou o ex-presidente.
“É assim na Venezuela, onde [Hugo] Chávez e
[Nicolás] Maduro acusavam oposicionistas de golpistas. É assim na Nicarágua, em
Cuba e na Bolívia”, continuou, acrescentando que “o mundo está atento e
seguiremos fazendo nossa parte para que todos saibam o que se passa hoje no
Brasil”.
Bolsonaro, de 69 anos, e 33
colaboradores foram denunciados pela PGR por um suposto plano de golpe de
Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de
outubro de 2022, vencidas pelo petista. O ex-presidente foi acusado de vários
crimes, entre eles “golpe de Estado”, “tentativa de abolição violenta do Estado
democrático de direito” e “organização criminosa armada”.
Após receber a denúncia da PGR,
agora cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) analisá-la e decidir se julgará o
ex-capitão do Exército, alvo de outras investigações judiciais e que foi
tornado inelegível até 2030 por ter questionado sem provas a confiabilidade das
urnas eletrônicas.
Se for processado e considerado
culpado por todos os crimes, Bolsonaro pode enfrentar até 40 anos de prisão, de
acordo com o Código Penal. Lula disse que seu antecessor terá “que pagar” se a
Justiça determinar que ele é culpado de liderar a tentativa de insurreição
contra ele. “Se os juízes julgarem e concluírem que são culpados, [Bolsonaro e
seus colaboradores] terão que pagar pelo erro que cometeram”, afirmou Lula,
nesta quarta-feira, em Brasília, em um ato ao lado do primeiro-ministro
português, Luís Montenegro.
Com informações da AFP
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!