Piratas informáticos associados ao regime da Coreia do Norte atingiram um novo recorde este ano ao roubar um total de 1,34 bilhão de dólares em criptomoedas, de acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira pela empresa americana de análise de criptoativos Chainalysis.
A empresa detalhou que os roubos
ocorreram em 47 incidentes, representando um aumento significativo em
comparação aos 660,5 milhões de dólares furtados em 20 incidentes durante 2022.
“Os hackers ligados à Coreia do Norte ficaram
famosos por sua habilidade comercial sofisticada e implacável, frequentemente
utilizando malware avançado, engenharia social e roubo de criptomoedas”,
destacou a Chainalysis.
O relatório apontou que as
criptomoedas roubadas são usadas para financiar os programas armamentistas e de
mísseis do regime norte-coreano, considerando essa prática um “perigo para a
segurança internacional”.
As cifras reveladas refletem um
aumento notável na atividade cibernética criminosa norte-coreana, apesar dos
esforços liderados pelos Estados Unidos e Coreia do Sul para conter essas
operações.
Em 2022, a Agência Nacional de
Inteligência da Coreia do Sul informou que os fundos roubados seriam
suficientes para financiar até 30 mísseis balísticos intercontinentais (ICBM),
usados como parte do desenvolvimento militar do país.
A Coreia do Norte tem utilizado
técnicas avançadas, como programas malignos e estratégias de engenharia social,
para driblar as sanções internacionais e maximizar seus ganhos ilícitos.
Esses ciberataques fazem parte de
um esquema mais amplo do regime de Pyongyang para manter sua economia em
funcionamento enquanto impulsiona sua agenda militar. O relatório destaca que a
crescente sofisticação dos hackers norte-coreanos, juntamente com o aumento do
uso global de criptomoedas, representa um desafio crítico para os governos e as
plataformas financeiras.
Ataques de hackers
norte-coreanos à NASA
Um dos ciberataques mais notáveis
deste ano ocorreu no final de julho, quando os Estados Unidos acusaram um
indivíduo norte-coreano de ter realizado um ataque à NASA.
Identificado como Rim Jong Hyok,
o hacker foi acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de liderar uma série
de ciberataques, incluindo o uso de ransomware contra hospitais americanos,
obtendo fundos que teriam sido utilizados para invadir a NASA e bases militares
nos Estados Unidos.
De acordo com a acusação
apresentada no estado do Kansas, Rim, que supostamente trabalha para a Agência
de Reconhecimento Geral, a agência de inteligência militar da Coreia do Norte,
está no país, o que complica seu arresto.
As autoridades ofereceram uma
recompensa de 10 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.
Rim é acusado de conspiração e lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia, ele usou
ransomware para criptografar arquivos nos computadores de um hospital no Kansas
e em outras empresas, exigindo pagamentos para restaurar o acesso aos seus
sistemas.
Os fundos obtidos por meio desses
ataques foram usados para financiar uma série de invasões a alvos estratégicos,
incluindo agências governamentais, empresas de defesa e bases militares dos Estados
Unidos.
Entre os alvos estão as bases
aéreas Randolph, no Texas, e Robins, na Geórgia, além de empresas envolvidas no
desenvolvimento de tecnologia de mísseis, aeroespacial e processamento de
urânio.
Gazeta Brasil
(Com informações da EFE)
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