Presidente do STF diz que ‘não se pode mexer em instituições que estão funcionando’ | Rio das Ostras Jornal

Presidente do STF diz que ‘não se pode mexer em instituições que estão funcionando’

Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo 
Tribunal Federal, durante sessão nesta quinta-feira (10) 
no plenário do STF. TON MOLINA/FOTOARENA

A declaração de Barroso ocorreu após a CCJ da Câmara dos Deputados aprovar, na quarta-feira (9), propostas que alteram o funcionamento do STF, incluindo limitações às decisões individuais dos ministros

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou nesta quinta-feira (10) que “não se pode mexer em instituições que estão funcionando” devido a “ciclos eleitorais”. A declaração de Barroso ocorreu após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovar, na quarta-feira (9), propostas que alteram o funcionamento do STF, incluindo limitações às decisões individuais dos ministros.

Durante o início da sessão do STF, Barroso fez um pronunciamento em que defendeu a estabilidade das instituições. “Não se mexe em instituições que estão funcionando, e cumprindo bem a sua missão, por injunções dos interesses políticos circunstanciais e dos ciclos eleitorais. As constituições existem precisamente para que os valores permanentes não sejam afetados pelas paixões de cada momento. Nós aqui seguimos firmes na defesa da democracia, do pluralismo e da independência e harmonia entre os Poderes”, afirmou.

Já o ministro Gilmar Mendes destacou a atuação do STF em sua fala. “Se a política voltou a respirar ares de normalidade, isso também se deve à atuação firme deste tribunal. E o tribunal não fez nada mais, nada menos, do que o seu dever de defender a democracia, o Estado de Direito e os direitos fundamentais”, disse.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal também destacaram a importância dos 36 anos da promulgação da Constituição de 1988, celebrados no último sábado. Eles ressaltaram o papel crucial da Constituição no fortalecimento da democracia brasileira e na garantia dos direitos fundamentais. Os dois enfatizaram, ainda, a atuação da Justiça Eleitoral, especialmente no que diz respeito ao uso das urnas eletrônicas.

CCJ da Câmara

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, articulada pela oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, a comissão deu aval a outro texto que concede ao Congresso Nacional o poder de derrubar decisões do STF que “extrapolem os limites constitucionais”. Também avançaram dois projetos que facilitam a tramitação de pedidos de impeachment contra ministros da Corte.

Essas iniciativas são vistas como parte de um pacote “anti-STF”, que tem gerado polêmica por tentar modificar a estrutura e o poder do Judiciário. No entanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou a seus aliados que não tem a intenção de colocar essas propostas em votação no plenário da Casa. A posição de Lira sugere que, apesar do avanço na CCJ, o pacote poderá enfrentar obstáculos para seguir adiante no Congresso.

Por da Redação

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Carol Santos

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