Influenciadora estava presa desde
4 de setembro; mãe dela também conseguiu habeas corpus
A Justiça de Pernambuco decidiu
soltar nesta segunda-feira (23) a influenciadora Deolane
Bezerra, a mãe dela, Solange Bezerra, o dono da Esportes da Sorte,
Darwin Henrique da Silva Filho, e outras 14 pessoas que tinham sido presas de
forma preventiva na operação Integration, que apura um suposto esquema de
lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A decisão é da 4ª Câmara Criminal do
Recife.
Na decisão, ficou estabelecido
que os investigados não poderão mudar de endereço sem autorização judicial; não
se ausentar da cidade onde residem; não praticar outra infração penal dolosa; e
comparecer em até 24 horas, pessoalmente, no Juízo da 12ª Vara Criminal da
Capital.
Além disso, eles estão proibidos
de frequentar qualquer empresa que esteja relacionada com a investigação da
operação Integration.
O desembargador Eduardo Guilliod
Maranhão, que assinou a decisão, afirma que até o momento não foi oferecida
denúncia contra os investigados e, por isso, não há motivo para que eles
continuem presos.
Além disso, ele destacou que o Ministério
Público tinha opinado contra as prisões dos investigados por entender que seria
necessário mais diligências sobre o caso. Ainda segundo o MP, a prisão neste
momento causaria “constrangimento ilegal” aos envolvidos.
“A partir do momento em que o órgão
ministerial não se mostra convicto no oferecimento da denúncia, mostram-se
frágeis a autoria e a própria materialidade delitiva, situação esta que depõe
contra o próprio instituto da prisão preventiva prevista na norma adjetiva
penal”, disse o desembargador.
Mais cedo, a 12ª Vara Criminal do
Recife tinha decido por manter a prisão de Deolane e dos outros investigados.
Pedido de prisão de Gusttavo
Lima
Também nesta segunda-feira, a
Justiça de Pernambuco pediu a prisão do cantor Gusttavo Lima no âmbito da mesma
investigação. A defesa dele afirma que o artista é inocente.
“O cantor Gusttavo Lima jamais
seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não
há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação
deflagrada pela polícia pernambucana”, diz a defesa.
Gusttavo Lima também teve o passaporte
e o certificado de registro de arma de fogo suspensos. Na decisão, a juíza
ainda determinou o bloqueio de R$ 3,3 milhões das contas do cantor (R$ 2
milhões de contas pessoais dele e R$ 1,3 milhão da conta de uma empresa
administrada pelo sertanejo).
Também foi ordenado o sequestro
cautelar de imóveis (medida judicial usada para garantir que um bem como uma
casa ou terreno não seja vendido ou transferido enquanto uma disputa legal está
em andamento) em nome do cantor.
A Operação Integration procura
desarticular um suposto esquema de lavagem de dinheiro que movimentaria grandes
quantias por meio da exploração ilícita de jogos.
Do R7
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