O governador Geraldo Alckmin durante a entrega das obras de ampliação e modernização do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) da Estação Brás do Metrô e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Data: 13/01/2015. Local: São Paulo/SP. Foto: Edson Lopes Jr/A2AD
No Brasil, apenas 44% das mulheres jovens com nível educacional abaixo do ensino médio estão empregadas, enquanto essa taxa é de 80% entre os homens
Mesmo entre aquelas com ensino
superior, as mulheres recebem, em média, apenas 75% do salário dos homens
Um estudo recente da OCDE,
intitulado Education at a Glance 2024, revela que 24% dos jovens brasileiros
entre 25 e 34 anos não estão nem trabalhando nem estudando, conhecidos como
“nem-nem”. Embora essa taxa tenha diminuído de 29,4% em 2016, ainda é considerada
elevada. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022 apontou
que 20% dessa faixa etária, o que equivale a 9,6 milhões de jovens, se enquadra
nessa categoria. Os principais fatores que levam à evasão escolar incluem a
necessidade de ingressar no mercado de trabalho, que afeta 40,2%
dos jovens, além de gravidez, que impacta 22,4%, e responsabilidades
domésticas, que atingem 10,3% dos jovens nessa faixa etária. Esses dados
refletem um cenário preocupante, especialmente quando comparados à média da
OCDE, que é de 13,8% para jovens “nem-nem”.
A crise econômica enfrentada
entre 2015 e 2016, juntamente com os efeitos da pandemia, teve um impacto
significativo na oferta de empregos no Brasil. Para reverter
essa situação, especialistas recomendam a melhoria da qualidade do ensino
básico e o fortalecimento da educação técnica e profissionalizante. Atualmente,
apenas 10% dos estudantes brasileiros estão matriculados em cursos técnicos, em
contraste com 68% na Finlândia. Outro ponto destacado pelo estudo é a
desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Apesar de as mulheres
apresentarem melhores resultados educacionais, elas ainda enfrentam
dificuldades para se inserir no mercado.
No Brasil, apenas 44% das
mulheres jovens com nível educacional abaixo do ensino médio estão empregadas,
enquanto essa taxa é de 80% entre os homens. Mesmo entre aquelas com ensino
superior, as mulheres recebem, em média, apenas 75% do salário dos homens. Além
disso, a estrutura do ensino superior no Brasil é marcada pela predominância de
instituições privadas, com 81% dos alunos matriculados em 2022. Em contraste,
na média da OCDE, 63% dos estudantes se formam em instituições públicas. A
internacionalização dos estudantes brasileiros é quase inexistente, com uma
participação que se aproxima de 0%, o que limita as oportunidades de
intercâmbio e experiências internacionais para esses jovens.
Por Jovem Pan
*Reportagem produzida com auxílio
de IA
Publicado por Marcelo Seoane
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