O bispo da Diocese de Siuna, Dom Isidoro del Carmen Mora Ortega, foi preso nesta quinta-feira (21) pela Polícia da Nicarágua. Aos 63 anos, Mora é o segundo alto dirigente da Igreja Católica preso pelo regime de Daniel Ortega em 2023.
Monsenhor Isidoro Mora Ortega foi
interceptado a caminho da paróquia de Santa Cruz, em La Cruz de Río Grande,
onde deveria oficiar uma cerimônia religiosa para 230 crianças.
Sua prisão ocorreu após liderar
uma missa na qual destacou o apoio e a oração da Conferência Episcopal da
Nicarágua (CEN) a Monsenhor Rolando Álvarez, bispo da Diocese de Matagalpa que
foi condenado a 26 anos de prisão por suposta traição e destituído de seus
cargos, direitos civis e nacionalidade.
Na sua homilia, o bispo de Siuna
destacou o valor da Diocese de Matagalpa e convidou à fé e à perseverança
apesar das adversidades.
Esta nova detenção insere-se num
contexto de crescente tensão e violações da liberdade religiosa na Nicarágua,
onde 13 padres, exceto Álvarez, foram detidos e posteriormente enviados para
Roma após um acordo com o Vaticano.
A Igreja Católica na Nicarágua
enfrentou desde 2018 667 ataques, segundo o estudo “Nicarágua, uma igreja
perseguida?” elaborado por Martha Molina. Aqui destaca-se que 2023 foi
particularmente hostil, com 205 ataques até agosto, superando o número total do
ano anterior. Além disso, pelo menos 151 membros da igreja foram forçados ao
exílio ou expulsos do país, incluindo 83 freiras e 58 padres.
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