Segundo o Ministério Público,
Emilio Pontes abusou duas mulheres na Unidade Básica Vereador Orlando Ribeiro;
Promotoria de Justiça ainda investiga a existência de outras vítimas
Rio - O Ministério Público
do Rio (MPRJ) prendeu, nesta quarta-feira (29), o médico Emilio Pontes da
Fonseca Junior, denunciado por violar sexualmente duas pacientes em um posto de
saúde de Mangaratiba, na Costa Verde fluminense. Segundo o MPRJ, os crimes
foram praticados na Unidade Básica Vereador Orlando Ribeiro, em Muriqui, onde o
homem trabalhava.
De acordo com a denúncia, Emilio
Pontes abusou as mulheres no dia 30 de dezembro de 2022, quando as vítimas
chegaram a unidade com crise de ansiedade e diarreia. Após prestar atendimento,
o médico levou as pacientes, que estavam sendo atendidas na emergência, para um
setor distante da equipe de enfermagem.
"Ao entrarem no último
consultório do corredor, ele as orientou a tirarem a roupa e se deitarem de
bruços, para que ele pudesse 'ministrar' um suposto medicamento pela via retal,
chegando a introduzir seu dedo em uma delas", detalhou o MPRJ.
A Promotora de Justiça
Débora Becker explicou com o denunciado conduzia os crimes. "Essas pacientes
buscaram atendimento e foram convencidas a utilizar medicamentos, do qual elas
sequer sabiam o nome. Mas [o médico] criava um cenário e falava que era um
remédio experimental, que seria eficaz e atuaria de forma célere na melhoria
dos sintomas. Então, elas eram convencidas a autorizar e [Emilio] se
aproveitava para praticar os atos libidinosos", disse a promotora.
Com apoio da Coordenadoria de
Segurança e Inteligência (CSI), o MPRJ também cumpriu um mandado de busca e
apreensão no endereço do médico, expedido pela Vara Única da Comarca de
Mangaratiba.
Ao pedir a prisão preventiva, o
órgão ressaltou que, em liberdade, o homem continuaria atuando criminosamente.
Com isso, Emilio Pontes da Fonseca Junior responderá pelos crimes de violação
sexual mediante fraude, potencializada pelo fato de ter sido cometido contra
pacientes.
A Promotoria de Justiça ainda investiga a existência de outras vítimas do
denunciado. Por isso, em nota, o MPRJ informou que se coloca à disposição para
receber relatos pelo telefone 127 ou através do formulário eletrônico.
O Dia
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