De acordo com
senador, presidente tinha conhecido do plano do protesto desde 3 de janeiro e
que relatórios mostraram que manifestação não seria pacífica
O senador Marcos do Val (PODEMOS)
declarou que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) tinha conhecimento sobre os atos de 8 de janeiro e
havia preparado o pedido de intervenção
federal dois dias antes dos prédios públicos serem depredados por
manifestantes. Durante participação no programa Tá Na Roda, da Jovem Pan News,
neste domingo, 2, o parlamentar cita um documento que teve acesso,
guardado em um cofre no Senado Federal, que demonstra uma possível
responsabilidade do governo federal nos atos de depredação no dia 8 de janeiro
em Brasília. Do Val afirma que Lula sabia sobre os protestos desde 2 de
janeiro. “O relatório é tão detalhista que dá o número da placa dos ônibus, o
nome de quem estava dentro dos ônibus, o nome das pessoas que já estavam sendo
investigadas e que iriam entrar para destruir e quebrar, quem tinha dado
treinamento, onde os ônibus pararam, quem foi para hotel e quem foi para o acampamento,
quem se juntou ao núcleo que já estava planejamento a invasão. Em nenhum dia o
relatório diz que a manifestação será pacífica. Pelo contrário, todos os dias
informa que o grau de periculosidade”, exemplifica. O senador continua
afirmando que na sexta-feira, 6 de janeiro, dois dias antes dos atos, Lula
recebeu a minuta da intervenção federal.
Do Val ainda
afirma definiu o trabalho do ministro da Justiça, Flávio Dino, na contenção dos
atos como incompetente. Ele não foi o único a criticar a postura de
Dino. O deputado federal Kim Kataguiri (União
Brasil-SP) protocolou um requerimento na Procuradoria Geral da República (PGR)
contra o ministro por crime de responsabilidade e ato de improbidade
administrativa no episódio de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes
foram invadidas e depredadas. No documento, o parlamentar alega que o ministro
do governo Lula “deixou de apresentar providências para
impedir os ataques, uma vez que foi informado com antecedência sobre o ato
realizado por cidadãos insatisfeitos com o resultado das eleições”. “Os ofícios
comprovam que o ministro mentiu e, por isso, peço que o Procurador Geral da
República apresente denúncia ao Supremo Tribunal Federal”, diz o deputado no
requerimento.
Por Jovem Pan
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