Glenique Frank também se ofereceu para devolver a medalha
A atleta trans Glenique Frank
correu pela primeira vez como mulher na Maratona de Londres do último domingo,
23 de abril. Depois de vencer cerca de 14 mil mulheres na corrida, Frank, que
é personal trainer, sofreu uma enxurrada de críticas. A principal
deles veio de Mara Yamauchi, a terceira maratonista britânica mais rápida da
história.
Em resposta a Mara, Frank pediu
desculpas por competir na categoria feminina — e prometeu que não voltará a
correr na modalidade até fazer a cirurgia de transição de gênero. Isso porque
Frank já tinha experiência com corridas antes, mas na modalidade masculina,
como Glen.
“Tem muita mulher que me
venceu”, diz Frank
“Depois de competir nas recentes
maratonas de Nova Iorque e Tóquio como homem, Glen Frank, 54, foi autorizado a
entrar na corrida do último domingo como mulher,”, noticiou o jornal
britânico The Telegraph.
Frank completou a Maratona de
Londres em 4 horas, 11 minutos e 28 segundos. Ela conquistou 6160º lugar de 20
mil.
“Eles estão com raiva, porque
estão dizendo que uma das 14 mil mulheres atrás de mim poderia ter ficado no
meu lugar. Realmente? Fiz em 4 horas e 11 minutos. Tem muita mulher que me
venceu”, defendeu-se Frank.
Além de admitir não ter feito
nenhum procedimento de transição de gênero cirúrgico, Frank admitiu possuir
passaporte masculino. “Peço desculpas por entrar na categoria feminina, porque
ainda não fiz a cirurgia”, disse a atleta transgênero. “Não era minha intenção enganar o
público.”
Frank oferece devolver sua
medalha
Em 31 de março, o UK Athletics, o
órgão governamental de atletismo do Reino Unido,
declarou que era “justo que os atletas que passaram pela puberdade masculina
fossem excluídos da categoria feminina no atletismo”.
Porém, de acordo com o The
Telegraph, a atleta trans aproveitou uma brecha que liberava a participação
de qualquer atleta que já tivesse participado de uma prova em categoria
diferente de seu sexo biológico.
“Os homens, na categoria
feminina, são injustos para as mulheres”, dissea a atleta Mara Yamauchi,
no Twitter. “Quase 14 mil mulheres reais sofreram uma posição final pior por
causa dele.”
Depois de toda a polêmica, Frank
se ofereceu para devolver sua medalha, segundo informações da Fox News. “Se
realmente acham que roubei o lugar de uma mulher, não me importo de devolver a
medalha. No ano que vem, voltarei a correr em prol da caridade”, disse Glenique
Frank.
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